Xiaomi processa EUA por inclusão em lista de ‘empresas militares’ ligadas ao governo chinês

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    G1

    A fabricante de eletrônicos Xiaomi anunciou no último domingo (31) a abertura de um processo contra os Departamentos de Defesa e de Tesouro dos Estados Unidos, após o governo americano incluí-la em uma lista de “empresas militares comunistas chinesas”.

    A companhia afirma que a inclusão na lista “foi factualmente incorreta e privou a empresa do devido processo legal”.

    A ação foi aberta na última sexta (29) na corte do Distrito de Colúmbia, onde fica a capital Washington.

    O Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou em 14 de janeiro que a Xiaomi e mais outras 8 empresas chinesas entraram para uma lista de supostas “companhias militares”, que teriam ligações com o governo da China.

    A ordem, uma das últimas do governo Trump, proibiu que pessoas e organizações americanas mantivessem ações dessas companhias.

    Caso a medida não seja revertida, a retirada de investimento deve ser feita até novembro de 2021 – e as empresas podem sair de bolsas de valores americanas.

    “Com uma visão de proteger os interesses de usuários, parceiros, funcionários e acionistas ao redor do mundo, a empresa pediu à corte que declare a decisão ilegal e que seja revertida”, afirmou a Xiaomi.

    A Xiaomi é uma das maiores fabricantes de celulares do mundo, segundo um levantamento da consultoria IDC – a marca é a 3ª em participação de mercado global, atrás da Samsung e Huawei.

    Diferença para o caso Huawei
    O fornecimento de equipamentos e tecnologia para a Xiaomi não é afetado por essa decisão, ao contrário do que aconteceu com a Huawei, fabricante de celulares e de equipamentos de telecomunicações que sofreu sanções mais duras durante o governo de Trump.

    Desde 2019, a Huawei está na “lista de entidades” – que proíbe empresas americanas de fazer qualquer tipo de negócio, incluindo transferência de tecnologia ou venda de materiais.

    A companhia foi colocada na “lista de entidades” por supostos riscos à segurança nacional dos EUA relacionadas com a instalação de antenas 4G e 5G e é diferente da lista de “empresas militares comunistas chinesas”.

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