Justiça determina transferência de Sandro Louco

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    A Segunda Vara Criminal de Cuiabá determinou a transferência de Sandro da Silva Rabelo, conhecido como ‘Sandro Louco’, para a Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, após duas tentativas de fuga da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, em menos de três meses. Ele é considerado um dos líderes do Comando Vermelho.

    Apesar de a decisão destacar a necessidade de transferência emergencial, e o sistema prisional federal já ter até indicado para qual unidade ele deve ir, até o momento Sandro Louco continua em Mato Grosso.

    Sandro Louco foi condenado à pena unificada de 205 anos e nove meses de reclusão pela prática dos crimes de desacato, falsificação, roubo, homicídio, latrocínio, sequestro e cárcere privado e posse ou porte de arma de fogo. Além da PCE, já passou por diversas unidades prisionais de Mato Grosso e de outros estados. Sua progressão de regime pode acontecer apenas a partir de 20 de junho de 2047.

    “Após levantamento da equipe de Inteligência da Polícia Penal, verificou-se uma possível fuga no Raio 05, desta forma, as equipes da Penitenciária Central juntamente com a equipe do GIR realizaram revistas minuciosas no referido raio. Logrando êxito na descoberta de várias celas cerradas […]. E que na data de ontem 11/03/2020 em revista no Raio 05A03, onde estavam alocados os reeducandos Sandro da Silva Rabelo e Leonardo dos Santos Pires. Diante do fato, os reeducandos foram realizados em outro local e o cubículo fora isolado para que a Politec realizasse perícia técnica no local.”, diz trecho do pedido de transferência.

    A Secretaria de Segurança Pública destacou que, de acordo com relatório de inteligência, Sandro Louco é um dos presos de maior periculosidade do Estado de Mato Grosso, que é membro integrante da organização criminosa Comando Vermelho, passou por diversas unidades prisionais de Mato Grosso, onde liderou motins, rebeliões e também empreendeu fugas.

    Ao analisar o pedido, a Segunda Vara decidiu pela instauração do instituto do “juiz sem rosto”, através do sorteio de três Magistrados, os quais, por lei, devem ter suas identidades preservadas. Formado o colegiado, a decisão, de forma não unânime, foi pela transferência do recuperando Sandro da Silva Rabelo, de forma emergencial à uma das unidades penitenciárias federais.

    “A permanência do reeducando na Penitenciária Central do Estado coloca em risco a ordem pública, já que, mesmo recolhido no sistema penitenciário federal por extenso período, uma vez no sistema penitenciário estadual, o penitente não se rogou em tentar fuga por duas oportunidades… Grades foram cerradas, veículos para a fuga foram apreendidos, o que evidencia um grande planejamento para uma fuga em massa, a partir da área em que o reeducando Sandro da Silva Rabelo e outros líderes do Comando Vermelho estavam reclusos”.

     

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