O governador Mauro Mendes (União Brasil) fez críticas contundentes ao excesso de burocracia no agronegócio brasileiro durante sua participação no XIII Fórum de Lisboa, nesta quinta-feira (3). Mendes classificou como “hipocrisia” a forma como o país trata a produção de alimentos e alertou: enquanto não houver desburocratização, o Brasil ficará distante do status de nação desenvolvida.
Mendes destacou que o Brasil jamais atingirá o patamar de país de primeiro mundo enquanto leis e órgãos públicos continuarem tratando o agro com irrelevância e lentidão. Ele exemplificou com o caso da mina de potássio em Autazes (AM), cujo licenciamento pelo Ibama levou 15 anos, mesmo com potencial para suprir 50% da necessidade de fertilizantes do agronegócio. Para ele, tal morosidade é inadmissível em países que almejam desenvolvimento real.
“O nosso maior risco é a hipocrisia… não dá para sermos um Brasil de primeiro mundo tratando o agro, que alimenta o país e parte do planeta, com tanto descaso”, afirmou Mendes por meio de publicação no Instagram.
A mina de Autazes, parada por ONGs e disputas judiciais, permanece sem produzir fertilizantes apesar de longa tramitação processual, reforçando o discurso sobre entraves que penalizam produtores.
Mendes relacionou a paralisação do agronegócio nacional ao enfraquecimento do país. Segundo ele, permitir que interesses particulares atrapalhem projetos estratégicos, como a mina em Autazes, mina a segurança alimentar e a competitividade brasileira.
“Não seremos um país de primeiro mundo enquanto leis e marcos legais permitirem que coisas tão importantes sejam tratadas com tamanha irrelevância”