Pandemia reafirma necessidade de investimento em políticas esportivas

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    Uma das lições da pandemia do novo coronavírus é a importância da prevenção às doenças crônicas, como diabetes, problemas cardiovasculares e pulmonares. Isso porque, dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), agência do governo dos Estados Unidos, mostram que as pessoas que possuem comorbidades têm 12 vezes mais chances de morrer e seis vezes mais chances de serem hospitalizados por conta da Covid-19.

    Neste sentido, destaca o ex-secretário municipal de Esportes de Cuiabá e ex-dirigente da Federação Mato-grossense de Basketball, Luluca Ribeiro, a prática esportiva tem uma significativa importância em minimizar o número de pessoas com estas doenças. “O esporte como hábito consegue reduzir o número de pessoas com estas doenças que, combinadas, por exemplo, com a Covid-19, levaram milhares de pessoas à morte. O esporte só traz benefícios”.

    Ribeiro salienta que o estudo demonstrou que as três doenças mais comuns eram, em ordem, as cardiovasculares, o diabetes e as pulmonares. “Grande parte destes casos poderia ter sido evitada com a adoção da atividade física. Ela fortalece o músculo cardíaco, controla a pressão arterial, peso corporal, além de aumentar a capacidade cardiorrespiratória. Prevenir é muito importante e a pandemia nos ensinou de forma muito dura que ela é fundamental para salvar vidas”.

    O ex-secretário lembra que dados internacionais estimam que a cada real investido no esporte, R$ 3 são economizados na saúde pública. “No entanto, infelizmente, ao longo dos anos o investimento na área esportiva por parte do Poder Público vem caindo consideravelmente. E isso significa que não há uma preocupação nem com a saúde da população e nem com o controle com as despesas médicas, que crescem ano após ano”.

    Saúde mental – Além das doenças cardiovasculares e pulmonares, a pandemia gerou uma explosão de casos de doenças mentais, muitas delas agravadas pela quarentena. Um estudo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro mostrou o crescimento do número de casos de depressão em quase 50% e de ansiedade em 80%. Estas doenças, além de afetarem significativamente a qualidade de vida, leva muitas pessoas ao suicídio.

    “Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que nove de cada 10 suicídios podem ser revertidos. E esta é outra questão em que o esporte pode ajudar muito. Diversas pesquisas ao redor do globo já indicaram o que popularmente sabemos: a liberação dos chamados ‘hormônios do bem’, como endorfina e adrenalina, promovem revoluções mentais positivas. Ou seja, este é um jogo que podemos virar”.

    Para o ex-secretário, uma política agressiva de investimento no esporte pode trazer diversos benefícios para a população, tirando muitas pessoas dos grupos de risco para diversas doenças, aumentando ainda a qualidade de vida e a auto estima. “Precisamos imediatamente mudar a realidade atual. Esporte não é gasto, é investimento que, combinado com outras áreas da administração pública, traz resultados rápidos e duradouros”.

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