Juiz derruba sigilo de inquérito sobre suposto caixa 2 de Taques

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    Por: Esportes & Notícias

    O juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, da 51ª Zona Eleitoral de Cuiabá, determinou a remoção de sigilo do inquérito contra o ex-governador de Mato Grosso, Pedro Taques, que apura suposta prática de caixa 2 durante a campanha de 2014.

    O suposto esquema foi revelado pelo empresário Alan Malouf, sócio do Buffet Leila Malouf, em sua delação premiada. Doações não registradas oficialmente foram realizadas, conforme o delator, por parte da empresa Gráfica Print, no montante de R$ 2 milhões.

    Ao decretar o sigilo, em setembro de 2020, o magistrado havia alegado que Taques era candidato ao Senado e o sigilo era necessário para garantir a isonomia entre todos os candidatos.

    Além disso, ele alegou na época que era preciso resguardar a “presunção de inocência que milita a favor de qualquer um contra o qual não exista imputação criminal com trânsito em julgado”.

    As razões pelo qual eu decretei não mais persistem, dessa forma, determino a retirada do sigilo, antes da remessa dos autos

    “Contudo, as razões pelo qual eu decretei não mais persistem, dessa forma, determino a retirada do sigilo, antes da remessa dos autos”, alegou o juiz, em decisão proferida no último dia 4 de maio.

    Depoimento à PF

    Em depoimento à Polícia Federal, em fevereiro de 2020, Malouf afirmou que levou o proprietário da Gráfica Print, Dalmi Defanti, até o apartamento de Taques por volta de julho ou agosto de 2014. A reunião ocorreu na sacada do imóvel e, segundo o delator, ele esclareceu a Taques a intenção do dono da gráfica em ajudar na campanha eleitoral.

    Conforme Malouf, Taques solicitou a quantia de R$ 2 milhões, proposta aceita por Defanti, sendo que a doação ocorreria com prestação de serviços gráficos e não em dinheiro em espécie.

     

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