Mauro critica MPF por pedir suspensão de licença de ferrovia

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    O governador Mauro Mendes (União) criticou a Ação Civil Pública (ACP) movida pelo Ministério Público Federal (MPF) tentando suspender o licenciamento ambiental da ferrovia que vai ligar Cuiabá, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde a Rondonópolis.

    “Com todo respeito ao Ministério Público Federal, importante papel que ele tem, eu acho que é uma brincadeira o que eles estão fazendo”, afirmou em entrevista à rádio Centro América FM.

    Os trilhos da Ferrogrão estão previstos para serem construídos entre as terras indígenas Tereza Cristina e Tadarimana, ambas povoadas pelos povos da etnia Boe Bororo. A ação foi proposta no dia 5 de agosto, contra a empresa vencedora do edital, a Rumo Malha Norte S/A, a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Estado de Mato Grosso, com a alegação de que não houve estudos de impacto da obra sobre a população indígena. O MPF pede que, caso a licença da obra já tenha sido exarada, que ela seja anulada.

    Mendes entende que as terras indígenas não serão diretamente afetadas, explicando que o traçado não impacta os povos indígenas, que as aldeias ficam a cerca de 10 quilômetros de onde devem ser realizada as obras.

    “O Ministério Público está equivocado. Não tem interferência. está mais de 10 quilômetros de qualquer aldeia indígena. ‘Ah não, mas o índio passa daqui pra lá’. Uai, o índio anda no estado inteiro. Então se eles andam no estado inteiro, todo lugar que o índio passar tiver que fazer um estudo de componente indígena nós vamos parar o estado de Mato Grosso”, criticou.