Redação
O governador Mauro Mendes (DEM) mais uma vez criticou, de forma dura, as pessoas que são contra a vacinação contra a covid-19, classificando essas pessoas de criminosas. A declaração foi feita em entrevista na semana passada à rádio CBN Cuiabá, ao ser questionado se concordava com o posicionamento do procurador geral de Justiça, José Antônio Borges, que admitiu entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade por entender que o projeto que veta o passaporte da vacina, aprovado pela Assembleia Legislativa, por entender que esse projeto é uma irracionalidade.
“Se o cidadão não quer vacinar, não foi feito no país ainda nenhuma lei dizendo que se é obrigado a vacinar. Agora, fazer campanha contra a vacina, aí sim é criminoso. Ficar falando besteira, bobagem o tempo todo, é um crime contra a vida de muita gente”, afirmou o gestor.
Mauro ressaltou que qualquer líder que tenha a oportunidade de falar para as pessoas através dos meios de comunicação, pode gerar algum nível de influência na cabeça das pessoas, principalmente se for um governador, deputado, se for alguém que de alguma forma exerça um cargo na sociedade brasileira.
“Eu realmente acho que o nosso procurador geral de Justiça, doutor Antônio Borges, tem muita razão quando ele fala isso e vamos esperar o parecer da Procuradoria e o desdobramento dos fatos”, citou.
Mauro ainda preferiu não tecer críticas ao presidente Jair Bolsonar (PL), por sempre se posicionar contra a imunização da população, influenciando seus seguidores a não se vacinarem.
“Eu não quero ficar criticando o nosso presidente. Ele foi eleito com votos da maioria do povo brasileiro, e tem o seu jeitão e eu tenho o meu. Não quero ficar criando polêmica desnecessária. Toda hora ele cria uma polêmica e isso tira a energia da gente. Ao invés de você gastar sua força, sua capacidade, seu tempo para produzir resultados, se você ficar dando declarações toda hora polêmica, você perde tempo e gasta energia desnecessária”, frisou.
Mauro diz que pode discordar da posição de Bolsonaro, lembrando que isso faz parte da democracia, e que muitos também podem discordar dele, mas ressalta que é necessário haver respeito.
“Ele é o nosso presidente, então respeitosamente, mas falar contra a ciência, não tem como não dizer que é muito ruim. Falar contra a vacina é falar contra dados, contra evidências claras e objetivas. A grande maioria que se vacinou, quando pega o vírus não passa de uma gripezinha, e a maioria dos que não se vacinaram, muitos deles estão morrendo, então, isso é muito obvio e não tem o que fazer contra isso”, finalizou.