Médicas e enfermeiras obstetras se reúnem para atender partos hospitalares humanizados em Cuiabá

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    Conversar sobre parto em si parece ser um assunto tabu e até mesmo complicado na Saúde como um todo, pois o parto humanizado tem sido deixado de lado nas maternidades e há uma grande realização de intervenções cirúrgicas desnecessárias.

    No dia a dia, o assunto também é bastante complicado, pois existem alguns “profissionais” que estão dispostos a “amedrontar” principalmente as mães de primeira viagem onde se diz que o parto normal não tem nada de normal e sim “anormal”, já que a dor seria algo insuportável e a mulher pode “não dar conta”!

    Mas, e na verdade pela medicina o que é parto humanizado? O parto humanizado tem a ver com deixar a natureza fazer o seu trabalho, realizando o mínimo de intervenções médicas e deixando que a mulher assuma o seu protagonismo.

    A enfermeira obstetra Lais Arakaki costuma dizer que é assumir uma postura respeitosa quanto aos desejos e necessidades da mãe e do bebê, levando em conta sempre sua saúde e bem-estar.

    Pensando nisso, ela junto com outras três médicas e mais duas enfermeiras obstetras resolveram criar o projeto ‘Nascer Junto’, que nada mais é que um grupo de profissionais médicas e enfermeiras obstetras que se reuniram para atender partos hospitalares humanizados em Cuiabá.

    “Nossa missão é acolher as gestantes, assegurar o seu protagonismo, respeitar suas escolhas, oferecer o pré-natal e assistência ao parto por equipe interdisciplinar, buscando segurança e garantindo apoio clínico através da medicina baseada em evidência”, falou.

    Além de Lais, o projeto conta com as médicas obstetras Caroline Paccola, Ana Amélia e Paula Cristina, e, Jéssica Santos e Nayara de Souza Santos, enfermeiras obstetras, respectivamente.

    A iniciativa foi lançada na semana passada devido a demanda que é muito grande pela busca da humanização da assistência ao parto como um todo, já que existem muitos relatos de dificuldades de uma assistência acolhedora e individualizada.

    Nesse formato, as profissionais se uniram com mesmo pensamento de humanizar e dar acessibilidade para várias famílias que nem sempre tem tantas condições financeiras de alcançar o cuidado mais especializado e acompanhamento na hora do parto, na forma de não pesar para ninguém porque a equipe é grande e pode dar todo acompanhamentonecessário que uma gestante merece.

    A ideia é não atender apenas quem não tem plano de saúde, mas as pacientes que tenham plano de saúde em que as profissionais atuam também podem contratar o serviço, que terá o valor bem mais acessível do que é oferecido, e a disponibilidade pode ser garantida desde o acompanhamento do pré-natal.

    “A família vai conhecer todas as seis profissionais, vai ser assistida por algumas no seu pré-natal ou porque quem estiver na escala do dia do seu parto tanto a enfermeira quanto a médica obstetra buscando a humanização da assistência ao parto. Nós vamos atender nos hospitais em que a paciente solicitar, não vamos atender pelo plano, porém é um valor de disponibilidade da equipe que vai fazer o acompanhamento completo do parto”, disse Laís.

    “Nós buscamos acolhimento, humanização, medicina baseada em evidências, assistência multidisciplinar não centrada somente no médico, e sim na equipe, e, tudo isso para dar acessibilidade a classe que não tem tantas condições financeiras. E, o diferencial é que essas profissionais são conhecidas na cidade e no Estado em assistência no parto, pré-natal e amamentação e pode oferecer boas condições para a paciente”, disse.

    A realidade oferecida neste serviço é bem diferente ainda do que é apresentada no plano de saúde, pois no momento em que a paciente entra em trabalho de parto ela é assistida pelo médico plantonista.

    Neste caso, a paciente terá a enfermeira que vai na sua casa avaliar e levar para a maternidade para encontrar uma das médicas do grupo.

    “A enfermeira faz o serviço de pré-parto e preparo do pré-natal, para que na hora que inicia as primeiras dores em casa, a paciente receba os cuidados e orientação que pode ser feito e, logo em seguida, é encaminhada para o hospital para encontrar uma das três médicas da equipe. Se ficar internada no pré-natal, a paciente pode solicitar esse serviço e pós-parto outra médica e enfermeira vão passar pra dar orientações do pós-parto”, pontuou.

    Por fim, Laís comenta que a humanização nada mais é do que acolher e deixar que a mulher seja protagonista do seu parto, onde a equipe não quer ser o destaque da cena, mas sim a mulher.

    “Todo esse trabalho é realizado para que uma escolha seja feita conforme o mais adequado para a mãe e o bebê, e, não só o que o sistema permite porque às vezes não conseguem fazer disponibilidade o que acaba sobrando uma cesárea que ela não queria fazer é às vezes não é indicativo para todas e sim a minoria mas a realidade é outra infelizmente”, finalizou.

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