Atriz indicada ao Oscar revela luta contra vício em pornografia

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    Em uma entrevista à revista americana, InStyle, a atriz e cantora Andra Day, de 36 anos, que ficou conhecida por ter protagonizado o filme Estados Unidos vs. Billie Holiday, revelou sua luta contra o vício em sexo e pornografia.

     

    Ao comentar sobre o papel na cinebiografia de Billie Holiday, uma das mais importantes cantoras de Jazz da história, Andra, que foi indicada ao Oscar por sua atuação, explicou que não quis trazer sensualidade para o papel da estrela do jazz, justamente por conta dos problemas que enfrentou.

    “Eu não queria nenhum elemento de sexualização. Eu tinha acabado de sair de algo grave em minha própria vida, que foi o fato de ter que lidar com o vício em pornografia e o vício em sexo. Estou sendo muito franca porque não sou a única que passa por isso”, revelou a atriz que também assegurou que está em uma fase melhor e mais saudável.

    Essa revelação foi importante porque, de fato, Andra Day não é a única mulher que sofre com o vício em pornografia. De acordo com pesquisas recentes, nos últimos anos, a proporção na audiência pornográfica só aumentou entre as mulheres. Atualmente, quase um terço do público desse tipo de conteúdo é composto por elas.

    Vício perigoso

    Pesquisadores, cientistas e a própria imprensa escrevem sobre o consumo excessivo de pornografia por homens. No entanto, há pouca informação a respeito de como esse vício afeta as mulheres.

    Mas, há uma pesquisa importante das universidades de Connecticut, Yale e da Califórnia, nos Estados Unidos, que sugere que os efeitos do acesso contínuo à pornografia são semelhantes entre homens e mulheres e estão relacionados a falta de libido, ansiedade e depressão.

    Realidade falsa

    A pornografia está associada a liberdade nos dias atuais e vem ganhando proporções gigantescas.  Os jovens, cada vez mais cedo, estão mergulhando nesse universo. Especialistas relatam, inclusive, que esse tipo de vício pode ser um dos fatores desencadeantes da depressão na adolescência.

    Assim, apesar do apelo muito forte para o consumo, além de estimular um sexo irreal, a pornografia tem destruído mentes e relacionamentos.

    Quando se fala no gênero feminino, surpreende ver mulheres darem audiência a esses sites, uma vez que os filmes pornográficos objetificam muito o nosso gênero. Quando falamos no Brasil, somos o país no qual mais mulheres acessam tal tipo de material. Enquanto em todo o mundo 22% dos consumidores são mulheres, aqui elas já representam quase 30% dos usuários.

    Uma análise feita em mais de 300 cenas pornográficas, apontou que 88% delas incluíam agressões físicas. A maioria dos agressores eram homens e seus alvos, mulheres.

    Como podemos lutar contra o machismo e ser a favor da pornografia? Não há coerência. Esse vício leva a pessoa a um abismo sem fim. Por isso, a melhor maneira de vencê-lo é eliminá-lo da vida e se for preciso buscar ajuda, qual o problema?

    Contra o que prejudica, não há outra alternativa a não ser agir de forma radical.

    ANA CAROLINA CURY
    DO R7

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