A vereadora de Cuiabá Michelly Alencar (União) disse ser “inadmissível” a decisão da Câmara Municipal em aprovar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a intervenção do Governo do Estado na Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Segundo Michelly, a abertura da CPI mostra que parte dos vereadores estão tentando “acobertar” os erros cometidos pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) em relação à Saúde de Cuiabá.
“É inadmissível o que a população está vivendo na Saúde de Cuiabá e é mais inadmissível que existam posturas políticas acobertando este tipo de atitude tomada pelo prefeito”, afirmou ela.
“Em vez de críticas à Câmara, deve haver críticas pessoais aos vereadores que estão tendo esse tipo de postura. Tem que dar nome aos bois”, acrescentou.
Foram 15 assinaturas dos parlamentares da base aliada do prefeito.
A intenção da CPI, segundo os vereadores, é apurar supostos abusos de autoridade cometidos pela equipe de intervenção, que foi liderada pelo procurador do Estado, Hugo Fellipe Lima, de 28 de dezembro de 2022 a 6 de janeiro, após uma decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Saúde e caos
Para Michelly, a comissão é uma forma dos parlamentares da Casa “fecharem os olhos” para o que realmente é relevante para a Saúde de Cuiabá.
“Quando a gente percebe que existe uma movimentação de uma CPI que ignora o fato relevante para investigar suposto abuso de uma intervenção decretada pela Justiça, temos totalmente desvirtuado o papel do vereador, que é representar o anseio da população”, afirmou.
Apesar de ser contra a CPI , Michelly afirmou que não irá focar em tomar medidas contra a comissão, pois quer “gastar o tempo” trabalhando em ajudar a Saúde e tentando responsabilizar os causadores do caos.
“Se eu for gastar minha energia para barrar uma CPI que de cara é ilegal, que nem deveria ser feita nesta Casa, parece que vou estar fazendo o mesmo movimento que eles: fechando os olhos para o que é mais grave”, completou.
Midia News