Comunicação ou gestão, quem vem primeiro?

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    GLENDA CURY

    Costumamos dizer aqui na Íntegra, empresa que minha sócia Juliana Scardua e eu fundamos em 2011, que a comunicação está em todo lugar. Nós cremos que ela tem o poder de ressaltar os pontos fortes de uma organização, mas que também pode deixar em evidência aquilo que não está lá muito bem.

    Neste sentido, nossos estudos e vivência nos fazem acreditar que o resultado positivo surge quando a comunicação e a gestão não competem entre si, e sim, se complementam. E se caminharem de mãos dadas, em passos sincronizados, melhor ainda!

    A importância da comunicação no ambiente organizacional é assunto sempre atual e desafiador. Nossa proposta, aqui, é pinçar um dos aspectos deste contexto, de forma bem específica, tomando, como ponto de partida, a demissão. Por que as pessoas costumam deixar seus empregos? Ao contrário do que muita gente acredita, não é por causa do salário.

    É por causa da falta do chamado prazer na tarefa. Ou seja: se o trabalho vira um desprazer, o profissional costuma pedir para sair.

    Mas qual o elo entre a demissão e a comunicação? Bem, o contrário do desprazer é a satisfação no trabalho, certo? E é aí que entra o poder da boa comunicação, uma das atribuições do líder. Quando ele se comunica bem – e isso não quer dizer falar muito ou pouco, mas se expressar com qualidade – a equipe costuma apresentar uma performance bem melhor. E por que isso acontece?

    É resultado da clareza, da empatia, do ambiente mais agradável.

    Sim. Clareza, empatia e leveza fazem parte do contexto de uma boa comunicação. Proporcionar este ambiente é uma das tarefas do líder. Organizações em que o time tem prazer na tarefa costumam apresentar resultados mais positivos (financeiros, inclusive), menor rotatividade e alta performance operacional.

    Nós trabalhamos com formação de porta-vozes. Na maioria das vezes eles ocupam posições de liderança e gestão. Temos observado que os de melhor desempenho se comunicam bem não apenas da porta para fora da organização, com o público externo. Eles valorizam, antes de tudo, a comunicação com o público interno.

    A experiência tem nos mostrado que quem vai bem em entrevistas, palestras e apresentações, se comunica de forma eficaz, primeiramente, com seu time: compartilha informações, é aberto ao diálogo, sabe falar e ouvir. E, o mais importante – destina tempo de qualidade para a comunicação.

    Aqui na Íntegra, quando vamos desenvolver treinamento de porta-vozes, fazemos questão de abordar a comunicação do líder também porta adentro. E temos visto o sucesso de quem prioriza todos dos públicos, o interno e o externo.

    Comunicação é uma habilidade que pode – e merece – ser desenvolvida. Se você é líder, ou pretende ocupar uma posição de liderança, sugerimos que você valorize a comunicação. Ela é uma importante aliada da gestão.

    Glenda Cury é jornalista.

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