quinta-feira, janeiro 23, 2025
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“A morte de alguém nunca é a melhor opção”

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Nem sempre o aborto teve sua prática recriminada. Geralmente ficava impune se não resultasse prejuízo à saúde ou a morte da gestante. Na própria, Grécia a reprovação do aborto era frequente. Aristóteles e Platão aconselharam o aborto (desde que o feto ainda não tivesse adquirido alma).

No Brasil, o assunto não é diferente. A opinião é vasta, mas a lei é uma só. Juridicamente, somente em casos de estupro, risco para a vida da gestante e anencefalia, é possível realizar o aborto sem que a gestante e a família sejam punidas.

Na religião, o assunto acaba sendo livre para decidir segundo seus dogmas, já que algumas igrejas até mesmo em caso de estupro não apoiam tal condição. Para explanar sobre o assunto, o delegado Flávio Stringueta, que é pré-candidato a deputado federal, comenta sobre o assunto. Ele afirma que é contra o aborto após a formação do cérebro, da consciência do feto. Antes isso, segundo sua avaliação, não há vida consciente. “Há somente um corpo em início de formação. Fisiologicamente falando”.

No caso do Brasil, o aborto só pode ser feito, nos casos permitidos por lei, na rede pública ou em hospitais devidamente credenciados. E que atendam às regras rígidas impostas para tanto. Atendidas elas, sob pena de responder a gestante, seus familiares e médicos e enfermeiros.

“O feto, a meu ver e da ciência, a partir da formação do cérebro e da consciência, já é sim uma vida. Daí em diante, é sim uma vida, alguém com direitos a todos os demais seres vivos do mundo. Com certeza a mulher sofre muito nos casos de necessidade de aborto. Principalmente nos casos de estupro. Mas, como disse, ela não deve ter o direito de tirar uma outra vida, a partir do momento da formação do cérebro e da consciência do feto. Ela, mulher, não diminuirá seus traumas matando um ser que está gerando a contragosto. Poderá até piorar. Ela poderia se sentir uma assassina. Tantas pessoas estão querendo filhos. E ela poderia ser a doadora dessa felicidade para um casal. Com certeza. Seria um ato de humanidade e doação para o próximo. Se sacrificar para dar algo ao próximo. Isso liberaria hormônios que trariam muito bem à mulher, e também a todos nós, por fazer o bem a alguém. E, quem sabe, ao nascer uma vida, quem sabe a própria mãe não se apaixone por ela, lembrou.

Ainda segundo o delegado, que já atuou em vários casos de investigação também e inclusive homicídios, a morte de alguém nunca é a melhor opção.

“Se o feto já tem consciência, ele sabe o que está acontecendo com ele. A personalidade da pessoa começa a se formar na barriga da mãe. A mulher pode conseguir se cuidar, física e psicologicamente. Tudo é possível nessa vida. Não podemos prever o futuro. E não podemos matar alguém para diminuir um trauma que nem sabemos se irá acontecer. A vida deve estar sempre em primeiro lugar. Muitos casais estão dispostos a adotar crianças nessas situações. Sejam em caso de estupro ou indesejadas. Quem decidir não tirar a vida de alguém ainda no ventre, vai fazer um grande bem a alguém. Pensar no próximo é algo divino. Que assim seja”, disse.

“Jamais serei a favor do aborto. E nem de sua despenalização. Não concordo nem com o aborto da mulher vítima de estupro. Ela não pediu para ser estuprada. A criança também não pediu para ser concebida.  Matar o feto não diminuirá o trauma da mãe vítima. Essa vítima tem que ser atendida por profissionais para ter esse filho, e não o matar, e dar a quem precisa e o vai amar”, finaliza.

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