A acessibilidade dos prédios do Tribunal foi destaque no Prêmio Justiça do Trabalho Acessível, realizado na sexta-feira (23), em Brasília. O TRT-23 foi um dos três tribunais agraciados pela premiação, que avaliou iniciativas de todos os 24 TRTs do país.
Dos 26 prédios da Justiça do Trabalho em Mato Grosso, 20 são adaptados com vagas de estacionamento reservadas, rampas para acesso e circulação, sinalização tátil no piso e em ambientes, sanitários acessíveis e sinalização visual. Todas as melhorias estão em conformidade com a NBR 9050, norma que trata da acessibilidade de edificações, mobiliários, espaços e equipamentos urbanos.
Durante a solenidade de premiação, o presidente do TRT-23, desembargador Paulo Barrionuevo, cumprimentou o TST pela iniciativa de promover a acessibilidade na Justiça do Trabalho. “São importantes para os nossos jurisdicionados. Nós ainda vamos avançar mais, como tornar o auditório do Tribunal Pleno acessível”, disse.
A juíza coordenadora do Subcomitê de Acessibilidade e Inclusão do Tribunal, Márcia Pereira, explicou que as adequações nos prédios foram realizadas em parceria com a Secretaria de Infraestrutura, Serviços e Patrimônio (Sisp) do órgão. “Quando comecei na comissão em 2018 fizemos um estudo de todos os prédios e conversamos com o Tribunal para que fosse corrigida a acessibilidade. Fico muito feliz de ver que o trabalho que plantamos lá atrás está frutificando. O reconhecimento nacional é resultado do esforço conjunto do subcomitê, setor de infraestrutura e a administração que deu todo o respaldo”.
Também compareceu ao TST para receber o prêmio a servidora Laudicéia Figueiredo, membro do Subcomitê de Acessibilidade Inclusão. Ela, que é uma pessoa com deficiência, se emociona ao falar do trabalho realizado. “Sou muito feliz com essa premiação porque o tema é caro para mim. Sou pessoa albina, com deficiência visual severa e altista. O Cid [Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde] diz o que eu tenho, mas não me determina, não diz até onde vou chegar. Sou feliz de trabalhar em um Tribunal que tem a questão da acessibilidade como visão institucional”.
Laudicéia também destacou que o TRT mato-grossense se preocupa em tornar o ambiente acessível em todas as dimensões. “Nos preocupamos com a acessibilidade atitudinal, comunicacional e arquitetônica. Também vemos a acessibilidade para além do Tribunal com diversas parcerias”.
A arquiteta do TRT-23, Veryanne Martins, mostrou fotos dos prédios e destacou o empenho de toda a instituição para que, aos poucos, todas as unidades se tornem acessíveis. “Temos acesso em nível, sinalização tátil nos pisos, sinalização tátil em braile, vagas acessíveis. Agradeço a oportunidade de participar desse evento e mostrar um pouquinho, o tijolinho que colocamos na construção de um país inclusivo.
Prêmio
Além do TRT mato-grossense, foram premiados o TRT-3 (MG) e o TRT-24 (MS). O TRT mineiro possui um robô que avalia o nível de acessibilidade do portal eletrônico da instituição e o TRT sul-mato-grossense apostou na capacitação de advogados e estudantes de direito com deficiências visuais que utilizam leitor de texto NVDA, para o uso de ferramentas de acessibilidade básicas dentro do Processo Judicial Eletrônico (PJe).
+Inclusão
A premiação ocorreu durante o encerramento do evento “+Inclusão: aprendendo a incluir pessoas com deficiência no trabalho”, para marcar o Dia da Luta da Pessoa com Deficiência.
O evento foi realizado para incentivar a adoção de métodos e práticas de inclusão de pessoas com deficiência no ambiente do trabalho. A programação abordou os aspectos jurídicos da contratação de PCDs, a experiência do TST, palestras sobre a prática e as estratégias para promover a inclusão.
(Sinara Alvares)