Mãe de Toni Flor relata tensão de viúva após prisão de executor

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Leonice da Silva Flor, mãe do empresário Toni da Silva Flor, afirmou nesta segunda-feira (17) que após a prisão do assassino de seu filho ouviu a ex-nora Ana Claudia de Souza Flor conversando com uma pessoa e dizendo que “iria sobrar para ela”.

Leonice também foi uma das testemunhas ouvidas o júri popular da viúva, acusada de mandar matar o marido.

A declaração foi dada após um questionamento feito pela juíza Mônica Perri, da 1ª Vara Criminal de Cuiabá, sobre o comportamento de Ana Claudia após a prisão do atirador Igor Espinosa.

“Quando ele desceu do camburão, ela se segurou num poste, ficou quietinha e não se mexeu. Ela estava muito nervosa e ligando para um rapaz falando: ‘Sei que vai sobrar para mim’”, afirmou.

“Eu ouvi e perguntei: ‘Vai sobrar o quê?’ Ela disse ‘não, é sobre umas mercadorias que vieram de volta’. Mas eu ouvi ela falando com um rapaz”, acrescentou.

A mãe da vítima ainda contou que desde que soube da morte do filho desconfiou da ex-nora. Leonice lembra que soube do crime por meio da filha e logo após ouvir a notícia confidenciou que Ana Claudia era a mandante.

No entanto, naquela época a matriarca não foi apoiada pela filha, que não podia acreditar na teoria. Então, por falta de provas contra a nora, Leonice diz que preferiu se calar.

“Na mesma hora que ela falou que Toni tomou tiro, eu disse que foi a Ana Claudia que mandou. Minha filha ficou brava comigo, disse que eu não podia falar uma coisa dessa, porque não havia sido a Ana Claudia, mas eu falei que foi sim”, disse.

“Liguei para parentes e falei que foi a Ana Claudia que mandou e teve dois irmãos meus que concordaram comigo, mas depois disse: ‘Não vou ficar falando nada, porque não posso julgar, mas vou guardar isso no coração para sempre’”, concluiu.

Toni Flor foi assassinado no dia 11 de agosto de 2020 em frente a uma academia. Sua esposa Ana Cláudia foi denunciada pelo Ministério Público Estadual como mandante do crime.

Afastada das netas

Leonice também contou que após a prisão de Ana Claudia, em agosto de 2021, as três netas ficaram sob responsabilidade da avó materna.

Devido a isso, a mãe da vítima afirmou que não conseguiu mais ver as crianças ou ter qualquer contato com elas. As interações, segundo conta, foram feitas de forma sigilosa.

“Em setembro agora a mais velha completou aniversário e se eu mandar um presente para as meninas, ela não recebe. Eu mandei um presente para elas e falei para pessoa falar que não sabia quem tinha mandado o presente”, disse.