Araujo: “Estão morrendo por incompetência de Emanuel na Saúde”

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O deputado estadual Paulo Araújo (PP) criticou o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) pelos 5,5 milhões de medicamentos vencidos descobertos em um depósito da Prefeitura de Cuiabá.

Para ele, que é servidor estadual da Saúde, o novo escândalo mostra que o chefe do Executivo perdeu a competência de gerir a Capital.

Além dos medicamentos vencidos, os fiscais do Conselho Regional e Farmácia e integrantes do Ministério Público Estadual ainda acharam vários materiais médico-hospitalares sem prazo de validade, como respirador, tesouras em inox especial para uso em cirurgias e material para entubar pacientes.

“Perderam a condição de gerir o sistema público de saúde completamente. Uma vergonha. Uma série de escândalos em cima de escândalos”, disse.

Para o deputado, a descoberta dos medicamentos vencidos reforça a necessidade de retomada da intervenção na Saúde da Capital. Para ele, a medida é necessária para salvar vidas.

 

Críticas à Câmara

 

Ele criticou o fato da Câmara de Cuiabá, ao invés de investigar as razões do caos na Saúde, prefere abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a intervenção do Estado no setor municipal.

“Criaram uma CPI para investigar o interventor da saúde, quando, na verdade, deveriam criar uma CPI para investigar as irregularidades na Secretaria de Saúde. Perderam a noção”, disse.

“Submissão total. Enquanto [têm] pessoas morrendo por completa falta de gerir sistema de saúde, [acontece] uma série de escândalos em cima de escândalos. […] Quantas prisões mais vão ter que acontecer?”, questionou.

Araújo desde o início defendeu a intervenção como a solução para frear o caos que tomou a saúde de Cuiabá após os inúmeros escândalos, incluindo investigações, que resultaram na prisão de secretários e até mesmo o afastamento do prefeito da Pasta.

Em dezembro do ano passado, o deputado chegou a elaborar um ofício com assinatura de outros parlamentares, encaminhado ao governador Mauro Mendes (União), em que relatou uma séria de irregularidades e a precarização do trabalho dos profissionais de Saúde da Capital.

O deputado ainda citou as outras irregularidades expostas em relatórios do então interventor, Hugo Lima, como a dívida de mais de R$ 356 milhões acumulada pelo prefeito na Saúde.

“Orientou criar uma CPI fake para investigar o interventor. Uma vergonha da vergonha. É lógico que o estado precisa melhorar, sim, mas não há indícios de roubo, esquemas e de secretários presos”, disse.

Midia News

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