O governador Mauro Mendes (União) criticou a reportagem do Jornal Nacional, da Rede Globo, desta segunda-feira (6), que abordou a troca do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) pelo BRT (ônibus de transporte rápido) na região metropolitana de Cuiabá.
A matéria mostrou que apenas 6 km de trilhos, dos 22 km necessários, foram implantados.
E que seriam gastos mais de R$ 900 milhões para a conclusão do antigo modal. O valor é mais que o dobro para a implantação do BRT.
O coordenador de Mobilidade Urbana do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor, Rafael Calabria, disse que a troca de modais representa um “retrocesso”. Para ele, o gasto valeria a pena pela “sustentabilidade e capacidade de passageiros”.
“É óbvio que a empresa e o Consórcio, que tem que devolver, através da decisão judicial, mais de R$ 1 bilhão, vai contratar um estudioso aqui, uma matéria acolá. Eles estão esperneando há muito tempo. Mas a obra já está acontecendo em Várzea Grande”, completou.
Corrupção
O VLT era uma das obras para Copa do Mundo no Brasil e deveria ter sido concluída ainda em 2014. O valor total da obra inicialmente era de R$ 1,4 bilhão.
A construção, porém, parou ainda no ano da Copa, depois que a Polícia Federal e o Ministério Público denunciaram corrupção e desvio de dinheiro público.
O então governador Silval Barbosa chegou a ser preso e fez delação premiada. No documento, ele confessa o pagamento de propina na escolha do modal e no andamento das obras.
Em 2020, o governador Mauro Mendes anunciou a substituição do VLT pelo BRT, que era a escolha inicial do Estado. No momento, os trilhos já estão sendo arrancados na avenida da FEB em Várzea Grande.
Midia News