Membros de família de Cuiabá integram quadrilha alvo da Polícia

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A Polícia Civil identificou que diversos membros de uma mesma família integravam a organização criminosa sediada em Cuiabá, que aplicava golpes virtuais em todo o País.

O bando foi alvo da segunda fase da Operação Gênesis, e das 54 prisões decretadas pela justiça, 36 delas foram cumpridas.

Segundo o delegado Pablo Carneiro, da Delegacia de Estelionatos, irmãos, tios, sobrinhos e outros familiares são membros da organização criminosa. As lideranças da quadrilha, no entanto, ainda não foram identificadas.

“Temos quatro irmãos no Bairro Ribeirão do Lipa e um desses alvos que está em Portugal também é da mesma família”, esclareceu o delegado. Dois dos alvos da operação residem em Portugal desde outubro do ano passado.

“Temos tio, sobrinho e outros. Nós vamos confirmar o parentesco de segundo e terceiro grau entre eles. Alguns são namorados e vários são casais”, disse.

No início das investigações pensava-se que se tratava de um crime de associação criminosa, mas os investigadores conseguiram “delimitar todos os contornos necessários para qualificar esse grupo como uma verdadeira organização criminosa, com a divisão de tarefas entre seus membros”.

Modus operandi

O modus operandi dos criminosos empregava as duas modalidades mais simples em crimes virtuais, o golpe do perfil falso e o falso intermediário de vendas.

Os contatos eram majoritariamente feitos por ligação durante todo o dia. “Eles saem disparando várias ligações por dia, são centenas e ficam na tentativa e erro. Os golpes identificados variam de R$ 3 mil a  R$ 0300 mil”, disse.

A soma dos valores tomados das vítimas, que não apresentam um perfil específico, ultrapassa R$ 1 milhão. O bando pratica crimes na modalidade há pelo menos dois anos.

Os golpes foram cometidos em pelo menos 13 estados brasileiros: Roraima, Distrito Federal, Bahia, São Paulo, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso, Goiás, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Como se prevenir

Segundo a titular da delegacia, Luciani Pereira, “essa modalidade criminosa explodiu no Brasil todo”, e uma simples ligação ou vídeo chamada pode resolver em parte dos casos, já dentre os golpes praticados está a do perfil falso, quando o criminoso tenta se passar por um familiar.

“A alternativa é o cuidado, no golpe do perfil falso a pessoa se identifica como familiar, então uma simples ligação resolve a questão, uma chamada de vídeo, ver se aquela pessoa é realmente o seu parente que está solicitando o seu dinheiro”, afirmou Pereira.

Midia News

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