Em depoimento à Comissão de Ética, a vereadora de Cuiabá, Edna Sampaio (PT), usou seu depoimento para para acusar o presidente do Legislativo, vereador Chico 2000 (PL) e o ex-vereador Felipe Wellaton participaram de esquemas de rachadinha e não terem sido punidos. A declaração da petista foi dada na quarta-feira.
A Comissão de Ética investiga Edna Sampaio por apropriação da verba indenizatória de sua ex-chefe de gabinete Laura Natasha de Oliveira, pelo período mínimo de quatro meses, totalizando R$ 20 mil.
O presidente do Legislativo, Chico 2000 (PL), leu as declarações da ‘colega’ petista e as rebateu. “Eu estou determinando um levantamento em 48 horas. Se vai levantar a vida deste vereador desde primeiro dia que ingressou nesta Casa. E se tiver qualquer processo, ou envolvimento em rachadinha, eu quero cópia, porque se houve eu não fiquei sabendo e não fui notificado para me defender”, disse.
Edna Sampaio ainda acusou o vereador Rodrigo Sá (Cidadania) de ter envolvimento com esquema de rachadinha, afirmando que extraiu tal informação da imprensa. O parlamentar mostrou indignação com a acusação e acusou a petista de “não saber o que fala”.
“Quero constar o ato da vereadora Edna, como um ato indecente, de fazer uma publicação dessa, vergonhosa. Eu quero que ela prove, porque vou cobrar judicialmente da vereadora Edna. Que fez uma fala irresponsável, escrupulosa. Infelizmente a vereadora Edna não sabe o que fala. Está jogando palavras ao vento. Acusando colegas de Parlamento, que nunca tiveram o nome envolvido em qualquer tipo de situação”, disse.
Revoltado, Rodrigo de Arruda e Sá disse que a parlamentar será acionada para provar na Justiça o teor das suas declarações. Prometeu ainda renunciar ao mandato de houver a comprovação de investigação contra si. O vereador Dilemário Alencar (Podemos) usou a tribuna para criticar as declarações da vereadora no depoimento da Comissão de Ética.
Verba indenizatória
Na mesma sessão a vereadora confirmou que todas as quatro chefes de gabinete que passaram por seu mandato no período em que está na Câmara Municipal, devolveram a Verba Indenizatória para uma conta no nome da vereadora, que ela alega ser do “mandato coletivo”.
O caso veio à tona envolvendo o nome de Laura Abreu, ex-chefe de gabinete da petista que, além de devolver a V.I. para Edna, ainda foi demitida grávida. Antes dela, Edna teve outras duas chefes de gabinete e, depois da demissão de Laura, outra pessoa assumiu o cargo.
“Já disse que esse é o modelo de gestão do nosso gabinete e continua, a menos que a Câmara apresente um projeto de regulamentação em que altere o conteúdo desta lei e estabeleça com clareza que a verba indenizatória é propriedade, como o senhor está falando, que a Verba Indenizatória é propriedade do chefe de gabinete”, disse ela, respondendo a uma pergunta do vereador Dilemário Alencar.
Durante a sessão, mais de uma vez a parlamentar admitiu que a gestão do dinheiro do gabinete é feita de forma “centralizada”, a partir de uma conta administrada por ela.
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Repórter MT