Não aceitarei achincalho com meu nome, diz Chico após acusações de Edna – veja

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Um dia após a oitiva da vereadora Edna Sampaio (PT), na Comissão de Ética que investiga o uso indevido da Verba Indenizatória (VI) da chefe de gabinete, Laura Natasha, o tema segue provocando embates entre os parlamentares na sessão ordinária da Câmara Cuiabá, na manhã desta quinta-feira (29). Os parlamentares se exaltaram diante das acusações da petista.
Edna afirmou, em seu depoimento, que não é a primeira vereadora a ser acusada de praticar “rachadinha” em seu gabinete e afirmou que o presidente da Câmara Chico 2000 (PL) e o ex-vereador Felipe Welatton (Republicanos) também já foram apontados pela prática ilícita. Chico 2000 se alterou e determinou que o Legislativo faça uma certidão sobre a vida política dele desde 2005 e que o documento seja entregue em até 48 horas.

“Eu quero determinar e é por isso que eu chamei aqui o secretário de apoio legislativo, Eronildes Nona. Por favor Nona, eu estou determinando, o senhor vai fazer um levantamento, dentro de 48 horas, desde o primeiro dia de ingresso deste vereador nesta casa, em 2005, até o dia de hoje e o senhor vai entregar a presidência uma certidão da vida deste vereador nesta Casa o envolvendo em qualquer espécie de rachadinha, de vantagens ilícitas. Eu quero cópia, porque se houve eu não fiquei sabendo e não pude me defender”, disse.

Chico também teria sido apontado por Edna como o responsável pela exoneração de Laura. A informação foi rebatida pelo presidente que disse que não irá aceitar falta de respeito dentro da Câmara.
“Situações que vêm acontecendo de forma covarde, indecente, injusta e eu não vou me calar diante de qualquer situação” Chico 2000
“Situações que vêm acontecendo de forma covarde, indecente, injusta e eu não vou me calar diante de qualquer situação […] Não sei porque motivos a vereadora Edna declarou publicamente que o responsável pela demissão da chefe de gabinete dela foi o presidente vereador Chico 2000. Se é desta forma, eu vou intervir em todos os gabinetes e vou mexer da forma que quero, do jeito que eu quiser e colocar quem eu quiser. Então, vamos tratar as coisas com seriedade. Eu sempre recebi a vereadora Edna na presidência com muito respeito, com muita decência, tratando com ela sempre de forma republicana e de forma verdadeira. Eu não vou aceitar qualquer espécie de achincalho com meu nome. Seja da vereadora Edna ou de qualquer outro vereador, eu não vou aceitar. Trato todos com respeito e vou exigir o mesmo tratamento que dispenso a cada vereador”, pontuou Chico.
Após a fala do presidente, Edna pediu direito de resposta, que foi negado. Durante o decorrer da sessão, o depoimento da vereadora petista continuou rendendo assunto entre os parlamentes, no entanto, Edna deixou o Parlamento antes do encerramento da sessão.

                                                      O caso

Edna se tornou alvo de processo disciplinar por suposta quebra de decoro parlamentar após o divulgar prints de transferências, conversas e áudios que revelaram a transferência de quatro parcelas da Verba Indenizatória da sua então chefe de gabinete para uma conta que tem a petista como titular. Recursos eram administrados pelo marido dela, Willian Sampaio, que não é servidor do gabinete.
Em sua oitiva, Laura negou que tivesse acesso aos gastos reais, mas disse que fazia o relatório de atividades das ações em que os valores teriam sido empregados.
Mesmo com o caso vindo à tona, a prática continuou sendo feita, conforme revelou a atual chefe de gabinete, Neusa Batista Pinto, que já transferiu mais de R$ 40 mil para uma conta conjunta desde que assumiu a vaga de Laura, em janeiro deste ano. A própria vereadora reconheceu que segue centralizando o recebimento dos recursos e garante que não há irregularidade.

RDNEWS 

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