Pesquisador da UFMT recebe financiamento para estudar resistência das plantas aos insetos

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Um pesquisador da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o Dr. Marcelo Campos, do Instituto de Biociências, está entre os 32 jovens cientistas brasileiros selecionados para receber um financiamento de R$ 22 milhões para projetos de pesquisa inovadores e arriscados. O projeto de Campos, intitulado “Por que as plantas são resistentes à maioria dos insetos?”, receberá um financiamento de R$ 700 mil.

Campos, que possui doutorado em Genética pela Michigan State University, nos Estados Unidos, foi selecionado na sexta chamada pública de apoio à ciência do Instituto Serrapilheira, em parceria com o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap). Este é o segundo projeto aprovado por um pesquisador da UFMT na história do Instituto Serrapilheira e o primeiro para a área de biológicas.

O estudo propõe entender por que a maioria das plantas são resistentes a muitos insetos, considerando que metade das mais de um milhão de espécies de insetos descritas são herbívoras. Se a pesquisa for bem-sucedida, os resultados podem potencialmente ser usados para criar plantas ainda mais resistentes, reduzindo a necessidade de uso de inseticidas na agricultura.

Os candidatos para a chamada de financiamento precisavam ter vínculo permanente com uma instituição de pesquisa brasileira e ter concluído o doutorado entre 1º de janeiro de 2015 e 31 de dezembro de 2020, com extensão de até dois anos para mulheres com filhos. A chamada deu ênfase a projetos de pesquisa arriscados, incentivando os candidatos a pensar nas possíveis falhas de seus projetos e como lidariam com elas.

Cristina Caldas, diretora de Ciência do Serrapilheira, explica que “os recursos do Serrapilheira, sendo privados, contam com mais flexibilidade do que os das FAPs, por isso é mais eficaz direcioná-los a fins que tradicionalmente têm maior rigidez”, referindo-se ao bônus da diversidade. Ela acrescentou que a ideia é “otimizar a parceria público-privada da melhor forma, capilarizando mais recursos para cientistas em um momento tão importante da consolidação de suas carreiras como pesquisadores independentes, montando seus grupos e estabelecendo suas linhas de pesquisa”.

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