Senado recebe PEC da reforma tributária e inicia processo de análise e votação

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Brasília (DF) 03/08/2023 Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, entrega do texto da Reforma Tributária ao Presidente do Senado Federal, Senador, Rodrigo Pacheco. Foto Lula Marques/ Agência Brasil

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), recebeu na última quinta-feira (3) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019, referente à reforma tributária. A proposta, entregue pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi aprovada pelos deputados federais em 7 de julho e agora aguarda análise e votação pelos senadores.

Pacheco anunciou que a PEC 45/2019 será encaminhada diretamente para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde será deliberada. O senador Eduardo Braga (MDB-AM) será o relator da proposta.

O presidente do Senado afirmou que a aprovação da reforma tributária é uma necessidade urgente, visto que vem sendo aguardada há décadas no Brasil. Ele apontou para a necessidade de reformas estruturantes no sistema tributário brasileiro, que atualmente é bastante complexo e burocrático.

Arthur Lira ressaltou que a proposta é resultado de amplas discussões com diversos segmentos da sociedade. Ele afirmou que o Senado fará os aprimoramentos necessários no texto.

O relator Eduardo Braga tem um prazo de 15 dias úteis para apresentar seu parecer, enquanto a CCJ tem 30 dias úteis para emitir um parecer sobre a proposta.

A primeira fase da reforma tributária visa simplificar a tributação sobre o consumo e evitar a cobrança cumulativa de impostos. As principais mudanças envolvem a extinção de cinco tributos, sendo três federais – Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que serão substituídos pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).

Dois impostos locais também serão extintos: o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), administrado pelos estados; e o Imposto sobre Serviços (ISS), arrecadado pelos municípios. Estes serão substituídos pelo Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual, composto pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que unificará o ICMS e o ISS, e a CBS.

Pacheco espera promulgar a PEC ainda neste ano. Para que isso aconteça, o texto precisa ser aprovado em dois turnos por pelo menos três quintos dos senadores (49).

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