A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro está discutindo a reconvocação do tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. A discussão foi motivada por denúncias vazadas à imprensa, alegando que Mauro Cid teria feito depósitos de R$ 60 mil na conta da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro em 11 dias. A reconvocação será votada na próxima sessão, mas o presidente da CPMI, Arthur Maia (União-BA), expressou dúvidas sobre a relação entre as denúncias e os atos golpistas.
Detalhes:
- A Investigação: A CPMI investiga quem financiou os atos golpistas, e o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) questionou se era o momento de reconvocar Mauro Cid devido às recentes denúncias.
- Resposta de Maia: Arthur Maia disse que colocará em votação o requerimento para reconvocar Mauro Cid, mas afirmou que não vê relação direta entre a denúncia de venda de pedras preciosas e os atos golpistas.
- Opinião de Feghali: A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) acredita que é parte do escopo da investigação descobrir quem financiou os atos, apontando a necessidade de olhar para a movimentação financeira do ex-presidente e da ex-primeira-dama.
- As Denúncias: Mauro Cid foi acusado de negociar a venda de joias e presentes recebidos por Bolsonaro, que, de acordo com a legislação, deveriam ser incorporados ao patrimônio público.
- Defesa: As defesas de Mauro Cid e Michelle Bolsonaro ainda não comentaram as acusações.
Conclusão:
A possibilidade de reconvocar Mauro Cid traz um novo elemento à investigação dos atos golpistas de 8 de janeiro. A relação entre as denúncias financeiras e os atos é ainda um tema de debate dentro da CPMI. O resultado da votação na próxima sessão e as investigações subsequentes poderão revelar mais sobre as conexões e o envolvimento potencial de figuras importantes na trama golpista.