O Dia dos Pais, que ocorrerá no próximo domingo (13), está sendo afetado por uma inflação específica, superior à inflação geral do país. Segundo um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), a inflação para a cesta de presentes e serviços associados ao Dia dos Pais subiu 4,1% em relação ao ano passado, uma taxa maior que a inflação média acumulada em 12 meses, que foi de 2,8%.
Os produtos que apresentaram maior aumento foram os perfumes e livros, ambos com 8,3% de alta, seguidos por ingressos de cinema (5,6%), roupas (5,5%), restaurantes (5,3%) e relógios (4,2%). Por outro lado, computadores e celulares tornaram-se mais acessíveis, com reduções de 4,3% e 2,6%, respectivamente.
Essa redução nos preços dos produtos eletrônicos é parcialmente atribuída à desvalorização do dólar, que caiu cerca de 5% nos últimos 12 meses. André Braz, coordenador dos Índices de Preços da FGV, também aponta que juros elevados têm diminuído a demanda por bens duráveis, contribuindo para a baixa nos preços desses itens.
No âmbito das vendas, a expectativa é positiva. O volume de vendas para o Dia dos Pais deve alcançar R$ 7,67 bilhões, um crescimento de 2,2% em comparação com o ano anterior. As previsões são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), e o Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) estima que a intenção de compra seja de aproximadamente R$ 140 por presente.
O Dia dos Pais é considerado a quarta data mais relevante para o comércio, vindo após o Natal, Dia das Mães e Dia das Crianças. Essa significância é também refletida na geração de empregos temporários. A CNC projeta que 10.380 pessoas sejam contratadas para suprir a demanda de vendas, reforçando a importância da data para a economia nacional.