Em um ato chocante que reverberou em todo o país, o candidato presidencial Fernando Villavicencio, de 59 anos, foi assassinado na saída de um comício na capital equatoriana na noite de quarta-feira (9). O ataque ocorreu 11 dias antes das eleições gerais extraordinárias marcadas para 20 de agosto e resultou em nove feridos, incluindo uma candidata a deputada e dois agentes policiais.
Em resposta ao crime brutal, o presidente conservador Guillermo Lasso decretou estado de emergência por 60 dias e três dias de luto nacional. O ministro do interior, Juan Zapata, afirmou que o ataque foi feito por assassinos contratados.
Contexto do Assassinato
Villavicencio era conhecido como um crítico feroz da corrupção e do crime organizado, tendo denunciado o ex-presidente Rafael Correa. Ele havia sido condenado a 18 meses de prisão, mas fugiu para um território indígena no Equador e posteriormente recebeu asilo no Peru. Antes do crime, ele deslocava-se com proteção policial devido a várias ameaças.
Detalhes do Ataque
O atentado aconteceu em uma zona central e movimentada da capital após um comício realizado por Villavicencio. Segundo informações não oficiais, o candidato foi baleado na cabeça, com relatos de 30 tiros disparados. O suspeito do ataque também morreu no local.
O Ministério Público e a polícia estão investigando o local do crime e o centro médico para onde as vítimas foram transportadas.
Repercussão Política
O partido de Villavicencio, Movimento Construye, havia debatido sobre a suspensão da campanha devido à violência política, incluindo o assassinato em julho do presidente da Câmara de Manta. Villavicencio, no entanto, foi contra essa suspensão.
Além dele, outros candidatos à presidência incluem o ambientalista Yaku Pérez, a antiga deputada Luisa González, o especialista em segurança Jan Topic, entre outros. A luta contra a criminalidade é uma das principais promessas desses candidatos.
Medidas de Segurança para as Eleições
Em uma mensagem à nação, após reunião do Gabinete de Segurança do Estado, o presidente Lasso afirmou que as eleições extraordinárias ocorrerão conforme planejado em 20 de agosto, mas com a presença de militares para garantir a segurança dos eleitores.
O assassinato de Villavicencio, bem como a crescente violência relacionada às drogas, continua a ser uma preocupação premente para os eleitores, e a resposta das autoridades será observada de perto nas próximas semanas que antecedem a eleição.
Peterson Prestes
Imagens da Band News