Em coletiva realizada na tarde desta segunda-feira (21), na Câmara Municipal de Cuiabá, a vereadora Edna Sampaio (PT) fez esclarecimentos sobre um processo administrativo-disciplinar ao qual foi submetida, referente a um suposto desvio da verba indenizatória do gabinete.
A Justiça recentemente suspendeu o andamento deste processo. Em sua análise, a Comissão de Ética da Câmara havia recomendado a cassação do mandato da vereadora por alegada quebra de decoro parlamentar.
O clima esquentou quando um repórter do Diário Digital MT questionou a vereadora sobre as críticas frequentemente feitas pelo PT, partido de Edna, em relação a supostas práticas de “rachadinha” ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O jornalista perguntou: “O PT critica fortemente a suposta rachadinha associada ao ex-presidente. Como a senhora vê essa situação em relação às acusações que lhe foram feitas?”
Visivelmente irritada com a comparação, Sampaio indagou: “Sua pergunta insinua que eu cometi rachadinha?”. O repórter esclareceu que se tratava apenas de uma dúvida, ao que a vereadora respondeu que a pergunta estava desconsiderada.
Defendendo-se, Sampaio afirmou: “Não pratico, não pratiquei e jamais praticarei rachadinha. Nosso mandato é coletivo e prestamos contas dele. Temos uma gestão distinta em relação aos nossos recursos.”
A parlamentar salientou sua postura transparente e ética e ressaltou a necessidade de evitar generalizações negativas sobre membros do Partido dos Trabalhadores.
Durante a coletiva, Sampaio também pediu respeito à sua trajetória política: “As pessoas precisam respeitar quem está na política. Não devo ser julgada apenas por ser do PT. Sou uma mulher íntegra, mãe, e estou na política não por influência externa, mas por minha trajetória como mulher trabalhadora e negra.”
Ela encerrou enfatizando seu papel na Câmara, declarando que não aceitará ser vista como uma parlamentar inferior e que combaterá qualquer forma de violência contra as mulheres no âmbito legislativo.