A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã deste domingo (17) um indivíduo acusado de executar um ataque cibernético contra o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), com sede em São Paulo. O suspeito, que estava foragido desde 2021, foi localizado e preso em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Ele também figurava na lista de Difusão Vermelha da Interpol, que auxilia na localização de pessoas procuradas para extradição.
Detalhes do Ataque
O ataque ao sistema do TRF3 ocorreu em janeiro de 2021. Segundo a PF, o hacker visava alterar documentos eletrônicos assinados por agentes públicos para obter vantagens pessoais. Além disso, após invadir o sistema de processos judiciais eletrônicos, o criminoso também falsificou pareceres do Ministério Público Federal (MPF) em seis processos nos quais ele mesmo era réu.
A investigação iniciou quando dois magistrados perceberam alterações em documentos, com o uso fraudulento de suas assinaturas digitais. De acordo com a PF, documentos em pelo menos oito processos foram alterados pelo hacker.
Consequências Legais
Embora o nome do criminoso não tenha sido divulgado, a PF informou que ele foi condenado a uma pena de 9 anos de prisão por invasão de dispositivo informático e falsificação de documento público. A sentença foi expedida pela 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo em dezembro de 2021.
Implicações e Continuação da Investigação
O caso destaca a necessidade de fortalecimento das medidas de segurança em sistemas críticos do setor público e ressalta a importância da colaboração internacional na luta contra o cibercrime. Também lança luz sobre os riscos associados à digitalização de processos judiciais e à dependência de assinaturas eletrônicas.
A prisão marca um desenvolvimento significativo na investigação e pode levar a mais informações sobre possíveis cúmplices ou outros ataques planejados pelo criminoso.
Peterson Prestes
