Em um evento que celebra a tradição e excelência dos queijos, o Mundial de Queijos e Produtos Lácteos de Tours, na França, premiou o Brasil com 81 medalhas, sendo 17 de ouro, 23 de prata e 41 de bronze. Comparativamente, na edição de 2021, o Brasil obteve 57 medalhas, mostrando um aumento significativo em sua performance. Este prestigiado concurso ocorre a cada dois anos na cidade de Tours, localizada no Vale do Loire.
De um total de 1.640 queijos de diversos países avaliados, 288 foram apresentados por 91 produtores brasileiros oriundos de estados como Minas Gerais, Bahia, Pará e Rio de Janeiro, entre outros. Destas, Minas Gerais se destacou, conquistando 10 das 17 medalhas de ouro.
Um grande triunfo foi o queijo “Caprinus do Lago”, produzido por Fabrício Le Draper Vieira, de Valença, no Rio de Janeiro. Foi o único produto fora da Europa a figurar entre os 12 melhores queijos do mundo na categoria Super Ouro. Vieira, dentista de profissão, revelou que este foi seu primeiro prêmio em um concurso de queijo fora do Brasil. O “Caprinus do Lago” leva um ano para ser produzido, sendo resultado de trabalho e paixão.
Na mesma ocasião, Marina Cavechia, empresária e entusiasta do queijo em Brasília, representou o Brasil na categoria de melhor queijista do mundo, título conquistado pelo francês Vincent Philippe. Embora não tenha vencido, Marina destaca a riqueza da experiência e a importância da paixão pelo ofício. Esta foi a primeira participação do Brasil na competição e, mesmo sem o troféu, trouxe muitos aprendizados e valorização ao setor queijeiro brasileiro.
Essas conquistas mostram não apenas a evolução e qualidade do queijo brasileiro, mas também o amor e dedicação dos produtores nacionais ao seu ofício. Com olhos voltados para 2025, o Brasil se prepara para novos desafios e, possivelmente, mais vitórias no cenário internacional de queijos.
Peter Paulo