Empresa Log Lab é alvo de investigação por contrato milionário com prefeitura de Cuiabá

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Em um desenvolvimento recente sobre o desvio de recursos públicos em Cuiabá, a Operação Iterum, deflagrada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (04), concentra-se na relação contratual entre a prefeitura de Cuiabá e a empresa de tecnologia, Log Lab Inteligência Digital LTDA. A investigação alega que a empresa não cumpriu os serviços para os quais foi contratada, especificamente, desenvolvimento e manutenção de softwares.

Detalhes do contrato revelam que foi assinado em 2017 com uma vigência de um ano, tendo um valor inicial de R$ 5.391.372,00. Contudo, após quatro prorrogações, seu término ocorreu apenas em 17 de outubro de 2022, totalizando um valor de R$ 24.261.174,00. Durante a operação, mandados de busca e apreensão foram executados, tendo como alvos três servidores municipais, dois empresários e quatro indivíduos considerados “laranjas”. A identidade desses indivíduos permanece confidencial, sendo relevante mencionar que um dos servidores já estava afastado quando a operação foi iniciada.

A investigação tomou forma após descobertas de significativas movimentações financeiras entre a empresa Log Lab e diversos servidores municipais e intermediários, frequentemente referidos como “laranjas”. A Controladoria Geral da União (CGU), juntamente com a Polícia Federal, deu início a um meticuloso processo de revisão dos contratos da empresa com a prefeitura, identificando valores provenientes de repasses federais. Através dessa análise, foram identificadas múltiplas irregularidades.

Em meio às investigações, a execução do contrato de serviços de tecnologia da empresa com o município de Cuiabá, que durou de 2017 a 2022, apresentou diversas incongruências. Esse período é anterior à intervenção do Estado na Saúde.

Foi descoberto que, apesar de serem formalizados contratos para serviços de tecnologia, incluindo desenvolvimento e manutenção de softwares, a realidade é que esses serviços nunca foram prestados. A Polícia Federal e a CGU não encontraram evidências que comprovassem a prestação desses serviços ou que justificassem os pagamentos feitos.

A continuação dessas diligências investigativas busca esclarecer ainda mais os fatos, os quais estão relacionados a crimes graves como corrupção, lavagem de dinheiro e fraude em licitações. Se os envolvidos forem condenados, as penas podem ultrapassar 30 anos de reclusão.

Da Redação

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