terça-feira, dezembro 24, 2024
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Estabilidade marca vendas no comércio em agosto, aponta pesquisa do IBGE

O setor de comércio no Brasil demonstrou uma resiliência notável em agosto, com as vendas recuando apenas 0,2% em comparação com o mês de julho, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (18). A variação, considerada marginal, indica uma estabilidade no desempenho do setor.

Cristiano Santos, gerente da pesquisa, enfatizou a consistência do mercado ao longo de 2023. “Observamos uma tendência de estabilização, com quatro meses apresentando esse comportamento e três mostrando volatilidade baixa”, explicou. “O desempenho em agosto segue uma alta de baixa amplitude registrada em julho, de 0,7%.”

No que tange à comparação anual, houve um crescimento encorajador de 2,3% em relação a agosto de 2022. Em um período acumulado de 12 meses, a expansão foi de 1,7%.

Entretanto, nem todos os setores sentiram um impulso igual. Metade dos oito setores analisados pelo IBGE experimentou retração, incluindo categorias como artigos de uso pessoal e doméstico, que caiu 4,8%, e o setor de livros, jornais, revistas e papelaria, que viu uma redução de 3,2%.

“A redução no número de lojas de grandes cadeias varejistas contribui para a queda em determinadas categorias”, observou Santos, indicando um ajuste contínuo no espaço do varejo.

Por outro lado, alguns segmentos prosperaram, como supermercados e hipermercados (com alta de 0,9%), seguidos por combustíveis e lubrificantes e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação. Santos apontou a desaceleração da inflação de alimentos como um fator crucial, explicando: “Com a inflação alimentícia menos intensa, os consumidores têm mais renda disponível, impactando positivamente as vendas nesses setores.”

O cenário foi um pouco diferente para o comércio varejista ampliado, que engloba também veículos e material de construção. Este segmento apresentou um recuo de 1,3% em agosto comparado a julho, mas manteve uma trajetória positiva com crescimento de 2,7% no acumulado de 12 meses.

Esses insights do IBGE lançam luz sobre a dinâmica complexa do varejo brasileiro, que, apesar dos desafios, mostra sinais de adaptabilidade e resistência em um período economicamente incerto.

Peter Paulo

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