A paisagem diplomática internacional sofreu importantes alterações esta semana, à medida que vários países da América Latina e da Jordânia expressaram seu descontentamento com as ações recentes de Israel em Gaza.
A Bolívia tomou a medida mais drástica, rompendo relações diplomáticas com Israel em repúdio à ofensiva militar na Faixa de Gaza. A ministra boliviana, María Nela Prada, em entrevista coletiva na terça-feira (31), destacou o alto número de mortes civis e o bloqueio que impede a entrada de suprimentos essenciais como razões para a ação do país. Prada também condenou a negação de vistos a funcionários das Nações Unidas por parte de Israel, chamando-o de grave violação dos direitos humanos.
Respondendo às críticas, Israel condenou a posição boliviana, descrevendo-a como uma “rendição ao terrorismo” e alinhando a Bolívia com a organização Hamas.
Entretanto, a Bolívia não está sozinha em sua preocupação com as ações de Israel. A Jordânia, país vizinho de Israel e Palestina, convocou seu embaixador em Tel Aviv, expressando rejeição e condenação à violência em Gaza. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Jordânia mencionou a catástrofe humanitária e os perigos que essa situação traz para a região como um todo.
Da mesma forma, o Chile também convocou seu representante diplomático em Israel, e, em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores chileno criticou as operações militares de Israel em Gaza, apontando para o elevado número de vítimas civis.
A Colômbia, sob a liderança do presidente Gustavo Petro, seguiu a mesma linha, convocando sua embaixadora em Israel. O presidente Petro usou as redes sociais para expressar sua oposição à campanha militar de Israel em Gaza, chegando a classificá-la de “genocídio”.
A decisão destes países ilustra a crescente tensão e preocupação internacional com a situação em Gaza, à medida que a comunidade global pede uma solução pacífica e a observância do direito internacional humanitário.
Peter Paulo