O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em sua recente visita ao Oriente Médio, reforçou as relações comerciais do Brasil com a Arábia Saudita, evidenciando o interesse do governo em ampliar a presença das empresas brasileiras no comércio global. Durante sua estadia em Riade, a Embraer, uma das principais fabricantes de aeronaves do mundo, assinou três memorandos de entendimento significativos com o governo e empresas sauditas.
Esses acordos abrangem diversas áreas, incluindo aviação civil, defesa e segurança, e mobilidade aérea urbana. A parceria estabelecida com a Arábia Saudita permitirá à Embraer expandir suas operações e colaborações tanto em iniciativas públicas quanto privadas, abrindo novos caminhos para investimentos e fortalecendo as exportações do Brasil.
Um dos acordos assinados pela Embraer com a SAMI, principal companhia saudita de defesa e segurança, visa ampliar a presença das duas empresas na Arábia Saudita. O foco está no desenvolvimento do C-390 Millennium, uma aeronave militar, e na criação de um Centro Regional de MRO (manutenção, reparo e revisão) para as aeronaves da Embraer no país. Além disso, foi firmado um memorando com a EVE Air Mobility, subsidiária da Embraer, e a flynas, uma importante companhia aérea de baixo custo do Oriente Médio, para explorar operações de táxi aéreo e o desenvolvimento de um ecossistema local para aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL).
Em seus discursos, o presidente Lula enfatizou o papel do governo em apoiar e promover empresas brasileiras no exterior. Ele destacou os avanços tecnológicos e industriais do Brasil, exemplificados pela Embraer, que se estabeleceu como líder em sustentabilidade ambiental, desenvolvendo aeronaves eficientes e explorando tecnologias verdes como o uso de hidrogênio, eletrificação e combustíveis sustentáveis para aviação.
Os acordos firmados durante a visita de Lula ao Oriente Médio representam um marco importante para as relações comerciais entre Brasil e Arábia Saudita, posicionando o Brasil como um player significativo no setor aeroespacial e de defesa global, além de promover o desenvolvimento econômico e tecnológico
Por Peterson Prestes