quinta-feira, janeiro 16, 2025
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Recuo nas Taxas de Juros Impulsiona Economia Brasileira

O panorama financeiro do Brasil tem demonstrado sinais de alívio para consumidores e empresas, com a recente redução nas taxas de juros. Em outubro, a taxa média de juros cobrada de pessoa física no crédito livre apresentou um decréscimo significativo de 1,9 ponto percentual, estabelecendo-se em 55,4% ao ano. Esta tendência de queda também se reflete no acumulado de 12 meses, que registra uma redução de 1,2 ponto percentual.

Esta diminuição nas taxas é particularmente notável nas operações de cartão de crédito rotativo, que apresentou uma queda de 9,5 pontos percentuais, e no cheque especial, com uma redução de 7,3 pontos percentuais. Por outro lado, o crédito pessoal não consignado registrou uma redução mais modesta, de 1,7 ponto percentual.

Em relação às empresas, a taxa média para pessoas jurídicas manteve-se em 22,8% ao ano, indicando estabilidade no mês e uma ligeira diminuição de 0,4 ponto percentual em um período de 12 meses.

No segmento de crédito livre, onde os bancos possuem maior autonomia para emprestar, a taxa média em outubro foi de 42,2%, com um decréscimo mensal de 1,1 ponto percentual e estabilidade na comparação interanual com outubro de 2022. O volume de operações de crédito com recursos livres teve uma leve redução de 0,4% em outubro, totalizando R$3,3 trilhões. Para as empresas, o volume do crédito atingiu R$ 1,4 trilhão em outubro, marcando uma queda mensal de 1,8%, mas um aumento de 1,1% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

O Banco Central também observou uma queda no spread bancário das novas contratações, agora em 20,3 pontos percentuais, demonstrando uma queda mensal de 0,9 ponto percentual e estabilidade em 12 meses.

Em um cenário mais amplo, o crédito direcionado, que segue regras governamentais e tem taxas de juros mais estáveis, totalizou R$ 2,3 trilhões, com um avanço mensal de 0,9% e um significativo aumento de 10,7% em 12 meses. Esse segmento inclui crédito para setores habitacional, rural, de infraestrutura e microcrédito.

O Sistema Financeiro Nacional (SFN) registrou um volume total de operações de crédito de R$ 5,6 trilhões em outubro, um aumento de 0,1% no mês. Este resultado é atribuído a movimentos distintos entre pessoas jurídicas e físicas, com uma redução mensal de 0,8% na carteira de pessoas jurídicas e um aumento mensal de 0,8% na carteira de crédito para pessoas físicas.

A taxa média de juros de todas as novas contratações em outubro foi de 29,7% ao ano, refletindo uma diminuição de 0,8 ponto percentual no mês e de 0,4 ponto percentual em relação a outubro de 2022.

Por fim, o saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro atingiu R$ 15,6 trilhões, correspondendo a 147,3% do PIB, com uma expansão de 0,9% no mês. Esse avanço foi impulsionado principalmente pelos títulos de dívida e pela dívida externa.

Estas informações são fundamentais para entender a dinâmica atual do mercado financeiro brasileiro. Além dos dados fornecidos pelo Banco Central do Brasil, pesquisas recentes mostram que os economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa da taxa básica de juros, a Selic, para 12% ao ano para o fim de 2023, segundo o relatório “Focus”. Apesar disso, o Brasil registrou a maior taxa de juros reais do mundo, mesmo após um corte da taxa básica pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Este cenário sugere que, embora as taxas de juros estejam subindo desde o início de 2021, os efeitos completos na economia podem levar cerca de seis meses para serem totalmente percebido.

Por Peterson Prestes

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