O município de Sorriso, conhecido como o mais rico do agronegócio brasileiro, vem enfrentando uma escalada de violência decorrente de uma guerra entre facções criminosas. Em 2022, foram registradas 78 mortes violentas na cidade, tornando-a o epicentro da violência no Centro-Oeste e uma das líderes no país. A disputa envolve o Comando Vermelho (CV), que já domina o estado, e o Primeiro Comando da Capital (PCC), que chegou à cidade em 2022.
Recentemente, três assassinatos foram atribuídos pela Polícia Militar à batalha entre esses grupos. Além disso, um sequestro seguido de morte e um jovem baleado também estão vinculados ao conflito entre as facções.
Embora a prosperidade de Sorriso seja evidente na riqueza gerada pelo agronegócio, a cidade se tornou palco de uma luta invisível entre o CV e o PCC. O aumento da violência começou em 2022, quando desentendimentos internos levaram o CV a decretar a morte de alguns de seus membros em Sorriso. Em resposta, uma nova facção, chamada Tropa do Castelar, surgiu, unindo-se ao PCC posteriormente.
A cidade, que registrou 78 mortes violentas no ano passado, viu-se no centro de uma disputa territorial pelo controle do tráfico de drogas. A chegada do PCC, que historicamente atua na região de fronteira com a Bolívia, representa uma estratégia para garantir o livre tráfego de drogas, especialmente pela rota que passa por Sorriso em direção a São Paulo e Paraná.
Embora esse cenário de guerra não seja perceptível no cotidiano da maioria da população, a violência entre as facções tem impactos significativos. Autoridades locais afirmam que as forças de segurança estão atentas e trabalhando para conter os conflitos, mas a expectativa é que a tese jurídica do Marco Temporal, que restringe terras indígenas, retorne à análise do Supremo Tribunal Federal, ampliando ainda mais a complexidade da situação.
Fonte: MidiaNews.