No próximo dia 8 de janeiro, uma cerimônia especial está marcada para reunir cerca de 500 convidados no Salão Negro do Congresso Nacional, com o intuito de relembrar o primeiro aniversário dos ataques de vandalismo ocorridos nessa data. O evento contará com a presença de figuras proeminentes, incluindo os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (República), Rodrigo Pacheco (Senado), Arthur Lira (Câmara) e Roberto Barroso (STF).
A atmosfera do encontro será permeada pelo tom de pacificação e união, refletido nos discursos que serão proferidos. Além dos chefes dos Poderes, a mesa de honra terá a presença da primeira-dama Janja, da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), e da ex-presidente do STF Rosa Weber. Destaque também para a presença de Geraldo Alckmin e Lu Alckmin.
Pelo menos seis autoridades devem discursar, incluindo Lula, Lira, Pacheco e o ministro Alexandre de Moraes. A proposta é manter os discursos focados no fortalecimento da democracia e na busca pela união, apesar de eventuais alfinetadas na oposição.
O ministro da Secom, Paulo Pimenta, expressou na última quarta-feira (3.jan) que os responsáveis pelos ataques do 8 de Janeiro “levaram o país à beira do precipício” e devem “pagar” pelos crimes. Ele ressaltou que a intenção dos mentores do ataque era reproduzir a invasão do Capitólio nos Estados Unidos, ocorrida em janeiro de 2021.
Quanto à lista de convidados, a organização incluiu os 27 governadores, prefeitos de capitais, ministros e presidentes de tribunais superiores, além de deputados, senadores, ministros do TCU e presidentes de assembleias legislativas. O evento também espera a presença de membros do corpo diplomático estrangeiro, o presidente do Banco Central, Campos Neto, presidentes de bancos públicos, estatais, centrais sindicais, confederações patronais e agências reguladoras, bem como líderes de movimentos sociais.
Os 38 ministros do governo Lula foram convidados, e o presidente pediu a participação de todos no evento, classificando os ataques como uma “tentativa de golpe” contra a democracia durante uma reunião ministerial em dezembro de 2023. Em 8 de janeiro de 2023, extremistas protagonizaram protestos que resultaram na invasão e depredação de prédios importantes em Brasília.
As investigações subsequentes, conduzidas pela CPMI do 8 de Janeiro, revelaram detalhes do ocorrido, incluindo a desmobilização da Polícia Militar do Distrito Federal na ocasião. O governador Ibaneis Rocha foi temporariamente afastado, mas posteriormente reconduzido ao cargo em março. A comissão apresentou dois relatórios, um governista e outro da oposição, ambos com pedidos de indiciamentos.
Fonte: Poder360