O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, revelou detalhes chocantes sobre um plano para prendê-lo e enforcá-lo na Praça dos Três Poderes, em Brasília, após os atos golpistas de 8 de janeiro do ano passado.
Moraes compartilhou que a investigação sobre os eventos desse dia identificou três planos contra ele. O primeiro envolvia as Forças Especiais do Exército prendendo-o e o levando para Goiânia em um domingo. No segundo, o corpo seria abandonado no caminho para Goiânia. O terceiro, proposto pelos mais exaltados, defendia que, após o golpe, ele deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. O ministro destacou a agressividade e ódio dessas pessoas, ressaltando a dificuldade delas em diferenciar a pessoa física da instituição.
Moraes, mesmo considerando os exageros, afirmou que já esperava algo nesse sentido, dada a natureza criminosa dos golpistas. Felizmente, nenhum desses planos se concretizou.
O ministro enfatizou que as ações do STF foram cruciais para evitar um golpe, garantindo a estabilidade no país. Ele ressaltou que a clara demonstração de que o Supremo Tribunal Federal não toleraria qualquer tipo de golpe foi essencial para impedir um efeito dominó que geraria caos.
Sobre a decisão do ex-presidente Lula de não decretar uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem), Moraes acredita que foi acertada, considerando que o plano dos golpistas era invadir o Congresso em Brasília e aguardar uma GLO para serem retirados pelo Exército.
Moraes refutou críticas sobre a suposta excessividade das penas aos condenados pelos eventos de 8/1, destacando que se as penas máximas fossem aplicadas, ultrapassariam 50 anos. Ele ressaltou que, se não quisessem ser condenados, não deveriam ter cometido crimes contra a democracia.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, condenou as ameaças a Moraes, considerando os planos revelados como “gravíssimos” e exigindo responsabilização e punição para os envolvidos.
Fonte: UOL.