A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Maria Thereza de Assis Moura, decidiu manter preso Luiz Antônio Rodrigo da Silva, líder espiritual acusado de abusar de mulheres durante rituais realizados em um centro espírita. A decisão de negar a liberdade ocorreu na segunda-feira (15).
Luiz Antônio, que se apresenta como médium e também é advogado, está detido desde 28 de setembro do ano passado. A acusação inclui quebra de medidas cautelares, somada a novas denúncias de estupro, importunação sexual e ameaças.
A primeira prisão ocorreu em 5 de setembro do ano passado, e após ser libertado, o líder espiritual convocou seguidores para novas atividades em seu espaço. A defesa alega que não houve descumprimento das regras impostas pela Justiça na ocasião da soltura, considerando as medidas cautelares.
Segundo a defesa, “não há do que se falar em quebra de medidas cautelares”, pois, conforme alegado no pedido de soltura, as medidas impostas em audiência não proibiam os trabalhos na Caboclo 7 Estrelas.
O advogado também solicitou que Luiz cumpra medidas alternativas à prisão, como o uso de tornozeleira eletrônica, botão do pânico para as vítimas e a proibição do líder religioso realizar trabalhos espirituais até a sentença judicial.
A ministra Maria Thereza de Assis Moura justificou sua decisão mencionando a necessidade de mais documentos para avaliar o pedido, uma vez que os apresentados no processo não eram relacionados diretamente a Luiz Antônio.
Diante das denúncias, foi relatado que Luiz aproveitava sessões de “aconselhamentos” para abusar sexualmente das mulheres, que participavam de rituais de “lavagem” espiritual. Durante esses rituais, as vítimas ficavam sem roupas, sendo acariciadas, abraçadas e beijadas até que o líder religioso manifestasse excitação.
Fonte: Gazeta Digital