Na trágica descoberta do corpo de Mayla Rafaela Martins, uma jovem trans de 22 anos, encontrado à margem da MT-485, entre Lucas do Rio Verde e Sorriso, uma reviravolta chocante ocorreu quando a polícia civil gravou um áudio no qual o empresário Jorlan Cristiano Ferreira, de 44 anos, confessa ter cometido o homicídio (ouça no final da matéria).
Mayla foi vítima de facadas, e o áudio revela a versão conturbada de Jorlan, que alega ter sido roubado por Mayla quando abriu seu estabelecimento na cidade, encontrando-a novamente na noite do crime.
Em um trecho do áudio, Jorlan relata: “Aí, ontem à noite eu achei o infeliz”. Mesmo referindo-se à vítima com pronomes masculinos, Jorlan continua explicando que a convidou para sua casa e a matou. A narrativa, no entanto, apresenta inconsistências, e a polícia está investigando minuciosamente.
Jorlan se contradiz sobre os eventos, mencionando uma briga e alegando que a vítima pediu dinheiro para evitar “escândalo”. A confissão inclui detalhes macabros, como o uso de uma faca de serra e o despejo dos pertences de Mayla no rio após o assassinato.
O delegado João Antônio Batista Torres, responsável pelo inquérito, afirmou que, embora Jorlan tenha dado detalhes do crime informalmente, permaneceu em silêncio durante a oitiva oficial. A polícia, que suspeita de um crime passional, revelou que Mayla trabalhava como garota de programa e que o empresário teria contratado seus serviços.
O áudio da confissão, uma peça chave na investigação, lança luz sobre as circunstâncias perturbadoras desse crime que abalou a comunidade local.
Ouça o audio: