Reino Unido Devolve ‘Joias da Coroa’ de Gana em Empréstimo Histórico

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Após 150 anos, o Reino Unido está preparado para devolver algumas das preciosas relíquias saqueadas de Gana durante um empréstimo de longo prazo. O retorno dessas ‘joias da coroa’ marca um momento significativo na história das relações entre os dois países e pode estabelecer um precedente para a devolução temporária de artefatos disputados em todo o mundo.

Um dos destaques da devolução é um cachimbo da paz de ouro, entre outros 31 itens, que serão enviados de volta a Gana pelo Victoria & Albert Museum (V&A) e pelo British Museum. Essa iniciativa é vista como um marco na cooperação cultural entre as nações após anos de tensão.

Os museus britânicos, incluindo o V&A e o British Museum, são legalmente impedidos de devolver permanentemente itens de suas coleções, especialmente aqueles que são objeto de disputa. No entanto, acordos de empréstimo como este estão sendo vistos como uma maneira de facilitar o retorno temporário desses objetos às suas origens.

O diretor do V&A, Tristram Hunt, comparou os itens de ouro às ‘joias da Coroa’ britânicas, destacando sua importância histórica e cultural para Gana. Entre os objetos emprestados estão uma espada de Estado e emblemas de ouro usados pelos funcionários reais.

Esses artefatos, saqueados durante conflitos do século 19 entre britânicos e os Asante, representam uma parte essencial da história e identidade de Gana. A devolução temporária visa promover um diálogo mais amplo sobre a restituição permanente desses itens e a reconciliação das injustiças do passado.

O acordo de empréstimo de três anos, com possibilidade de extensão, foi negociado com o atual rei Asante, Otumfo Osei Tutu II, que expressou apoio à iniciativa. Os itens serão exibidos no Museu do Palácio Manhyia, em Kumasi, como parte das celebrações do jubileu de prata do Asantehene.

Essa devolução não apenas representa um gesto de boa vontade, mas também reconhece a importância espiritual e cultural desses artefatos para o povo de Gana. Enquanto isso, tanto o Reino Unido quanto Gana esperam que esse empréstimo marque o início de um processo de cura e reconciliação.

Fonte: G1

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