Especialistas alertam sobre os riscos profissionais de transformar uma demissão em conteúdo de rede social, enquanto vídeos de demissões se tornam cada vez mais comuns em plataformas como TikTok e X (antigo Twitter). A visibilidade desses vídeos, por mais que possa gerar empatia e solidariedade, levanta questões sobre suas implicações a longo prazo para os profissionais envolvidos.
Um exemplo recente é o caso da profissional de tecnologia Brittany Pietsch, que compartilhou sua demissão da empresa Cloudflare em um vídeo de nove minutos no TikTok, descrevendo a situação em que foi dispensada durante uma chamada de vídeo. Embora alguns espectadores possam se identificar com a experiência retratada nos vídeos de demissão, especialistas advertem sobre os possíveis impactos negativos para a carreira desses profissionais.
A ascensão desses vídeos ocorre em meio a um cenário de demissões em massa, especialmente no setor de tecnologia, e reflete uma mudança na forma como os profissionais compartilham suas experiências de vida diária nas redes sociais. Enquanto alguns veem os vídeos como uma forma de transparência e empoderamento, outros questionam a prudência e a ética por trás dessa exposição pública de questões profissionais.
É importante considerar que o compartilhamento dessas experiências pode afetar a percepção dos empregadores sobre os candidatos, podendo impactar negativamente futuras oportunidades de trabalho. Além disso, é fundamental verificar se há cláusulas de confidencialidade nos acordos de rescisão que possam proibir a divulgação pública de informações relacionadas à demissão.
Em suma, enquanto os vídeos de demissão podem oferecer um senso de comunidade e solidariedade, é essencial ponderar cuidadosamente sobre os potenciais riscos e consequências antes de compartilhar essas experiências nas redes sociais.
Fonte: G1