O empresário Jorlan Cristiano Ferreira, de 44 anos, foi indiciado pela Polícia Civil por homicídio qualificado e ocultação de cadáver da jovem trans Mayla Rafaela Martins, de 22 anos. O crime ocorreu no dia 15 de janeiro e chocou a cidade de Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso.
Mayla foi brutalmente assassinada a facadas e seu corpo foi encontrado abandonado às margens da MT-485, entre Lucas do Rio Verde e Sorriso, por trabalhadores rurais na manhã seguinte ao crime.
A conclusão do inquérito pela Polícia Civil foi anunciada na última sexta-feira (26), após intensas investigações.
A delegada Ana Caroline Mortoza Lacerda, do Núcleo de Defesa da Mulher da Delegacia de Lucas do Rio Verde, indiciou o empresário pelo crime de feminicídio, uma vez que o homicídio foi motivado pela condição de sexo feminino de Mayla e ocorreu em um contexto de violência doméstica.
O inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário local e ao Ministério Público para as devidas providências legais.
Mayla, que era moradora de Várzea Grande, estava na cidade a trabalho como garota de programa, e o empresário Jorlan Cristiano era um dos seus clientes há aproximadamente um mês.
O empresário foi preso na mesma noite do crime, na terça-feira (16), e, embora tenha confessado informalmente sua autoria, permaneceu em silêncio durante o depoimento oficial.
Para a Polícia, no entanto, não há dúvidas quanto à responsabilidade de Jorlan no assassinato de Mayla.
Fonte: MidiaNews