A Suprema Corte dos Estados Unidos deu início, nesta quinta-feira (8), ao processo que determinará se o ex-presidente Donald Trump poderá concorrer nas eleições presidenciais que ocorrem em novembro deste ano. O cerne da questão reside na análise de se Trump participou de uma insurreição em 6 de janeiro de 2021, quando uma multidão invadiu o Capitólio, em Washington. A decisão resultará em determinar se sua candidatura será anulada com base em um texto que proíbe pessoas que tenham participado de insurreição ou rebelião contra os EUA, enquanto ocupavam cargos públicos, de voltar a ocupar tais posições.
Durante a primeira sessão do julgamento, os juízes ouviram argumentos tanto a favor quanto contra a decisão da Justiça do Colorado, que proibiu Trump de concorrer no estado. Alegou-se que sua participação na insurreição violou um artigo da 14ª emenda da Constituição dos EUA, o que, segundo o entendimento dos juízes do Colorado, o tornaria inelegível.
O caso chegou à Suprema Corte após os advogados de Trump recorrerem da decisão do Colorado. Na sessão inicial, os juízes, em sua maioria conservadores, demonstraram inclinação para apoiar Trump, levantando preocupações sobre as possíveis ramificações de aprovar a decisão do Colorado, alegando que isso poderia resultar em uma concentração de poder nas mãos de poucos estados durante as eleições presidenciais.
Os argumentos da defesa de Trump giram em torno da interpretação do trecho da Constituição em questão, argumentando que ele não se aplica aos presidentes. Além disso, questiona-se se o ataque ao Capitólio realmente configurou uma insurreição. A decisão da Suprema Corte pode ser classificada em três categorias: confirmar a decisão do Colorado, decidir que Trump não pode ser desqualificado das eleições ou não tomar uma decisão final, mantendo assim outros processos pelo país.
Fonte: G1