Nesta terça-feira (13), celebra-se o Dia Internacional da Internet Segura, uma data que ressalta a importância da segurança digital em um mundo cada vez mais conectado. Com os avanços tecnológicos, surge também a necessidade de desenvolver soluções para proteger tanto indivíduos quanto instituições. Um dos temas que tem despertado preocupação é o uso da inteligência artificial (I.A.).
A juíza Graziele Cabral Braga de Lima, da Justiça do Trabalho em Mato Grosso, destaca que o assunto já está movimentando o Poder Judiciário, que busca tanto proteção quanto formas adequadas de aproveitar a I.A. para o benefício da sociedade. O Dia Internacional da Internet Segura, criado na União Europeia, visa sensibilizar a sociedade e mobilizar instituições para tornar o ambiente virtual mais seguro, consciente e responsável, sendo celebrado toda segunda terça-feira de fevereiro.
Recentemente, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, manifestou-se sobre o tema, defendendo a regulação do uso da inteligência artificial e destacando os potenciais impactos negativos em democracias. Ele também solicitou programas de big techs que utilizam I.A., visando revolucionar o Poder Judiciário.
Graziele de Lima ressalta que, embora a I.A. possa trazer mais eficiência na resolução de processos, é crucial garantir segurança em seu uso. Um dos principais temores é o surgimento das deepfakes, que podem falsificar rostos ou vozes humanas em vídeos, levantando preocupações sobre autenticidade em audiências judiciais online.
Durante a pandemia da COVID-19, a digitalização da Justiça brasileira avançou significativamente, mas medidas estão sendo tomadas para garantir a autenticidade das partes em audiências virtuais. O Judiciário investe em segurança digital e estuda soluções para enfrentar os desafios trazidos pela I.A., buscando manter a eficiência e a segurança dos procedimentos judiciais.
Fonte: GazetaDigital