Nos últimos três anos, a Polícia Civil de São Paulo desvendou uma série de casos envolvendo o chamado “golpe do amor”, no qual quadrilhas utilizam mulheres como iscas para atrair, sequestrar e extorquir homens na capital e na Grande São Paulo. Segundo dados da Divisão Antissequestro (DAS), foram realizadas 52 prisões de mulheres envolvidas nesse esquema criminoso.
O levantamento mostra um aumento gradativo nas detenções ao longo dos anos: em 2021, seis mulheres foram presas, enquanto em 2022 esse número subiu para 19, e no ano passado foram registradas 25 prisões relacionadas ao “golpe do amor”. A DAS, especializada nesse tipo de crime, tem sido fundamental para desmantelar essas quadrilhas.
Na manhã desta quinta-feira (15), mais dois casos foram elucidados com a prisão de duas mulheres pela DAS. Uma delas, Leticia Nicolau Gomes, já havia sido detida anteriormente pelo mesmo crime, mas continuava envolvida em atividades ilícitas, enganando homens para que fossem sequestrados e extorquidos.
O modus operandi dessas quadrilhas envolve o uso de perfis falsos em aplicativos de relacionamento para atrair suas vítimas para encontros. Muitas vezes, as mulheres usadas como iscas convencem os homens a se encontrarem em locais públicos, onde são abordados por criminosos armados e levados como reféns.
Embora a maioria das prisões continue sendo de homens envolvidos nessas ações criminosas, a participação de mulheres como cúmplices tem sido uma estratégia cada vez mais comum entre essas quadrilhas. A polícia alerta para a importância de medidas de segurança, como videochamadas prévias e encontros em locais públicos, para evitar cair nesse tipo de golpe.
Os casos de “golpe do amor” destacam a sofisticação e adaptação das quadrilhas diante das medidas de segurança adotadas pelos usuários de aplicativos de relacionamento. A polícia continua monitorando essas atividades criminosas em colaboração com outras delegacias, visando a proteção da população contra essa modalidade de crime.
Fonte: G1