Política e Agronegócio de Mato Grosso: Novos Depoimentos de Delator na Mira da PF

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02/06/2023 - Brasília - A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (2) uma operação para reprimir a pornografia infantil. Foto: Polícia Federal/ Divulgação

17A Polícia Federal (PF) direciona sua investigação para figuras proeminentes do cenário político e empresarial do agronegócio em Mato Grosso. O atual presidente do Instituto Pensar Agro (IPA), Nilson Leitão, juntamente com outros empresários do setor, podem estar entre os próximos alvos dos depoimentos do delator Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo informações da revista IstoÉ, os depoimentos de Cid podem lançar luz sobre a participação de políticos e empresários do agronegócio em uma alegada tentativa de golpe de Estado, revelada em um inquérito da PF.

A reportagem destaca o possível envolvimento dos empresários do agronegócio tanto no financiamento quanto na pressão exercida sobre Bolsonaro para a realização do suposto golpe planejado.

“Por trás dos ruralistas está a Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), a mais influente do Congresso, e seu órgão formulador e de assessoramento técnico, o Instituto Pensar Agro (IPA), dirigido pelo ex-deputado Nilson Leitão (MT), conhecido bolsonarista. O IPA representa os interesses legítimos do agronegócio, mas também abriga a direita ruralista que embarcou na tentativa de ruptura”, destaca um trecho da matéria.

Os depoimentos de Cid apontam o agronegócio como peça central na articulação golpista. Em uma troca de mensagens com o ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, Cid mencionou empresários do setor agrícola que estariam financiando os eventos antidemocráticos em Brasília.

“A referência é a 45 empresários do agronegócio, a maioria de Mato Grosso, que tiveram seus bens bloqueados em novembro por decisão do ministro Alexandre de Moraes, após descobrir-se que estavam financiando os atos antidemocráticos em Brasília em dezembro”, continua a reportagem.

As declarações feitas por Mauro Cid em relação ao agronegócio serão submetidas a uma análise minuciosa pelos investigadores. Espera-se que o colaborador da Justiça preste novos depoimentos, detalhando especificamente quais empresários do setor contribuíram para a alegada tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro de 2023.

Fonte: MidiaNews

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