Guilherme Mello, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, destacou a necessidade de discutir a tributação sobre grandes heranças e o lucro de grandes empresas durante as próximas reuniões do G20. Ele fez o anúncio nesta quarta-feira (28), durante as reuniões ministeriais e de presidentes dos bancos centrais do grupo, em São Paulo.
O Brasil tem levado ao G20 a importância de debater uma tributação progressiva e equitativa, tanto para empresas quanto para pessoas físicas, especialmente os super-ricos. A expectativa é que especialistas sejam convidados para compartilhar suas visões sobre o tema durante as reuniões planejadas para amanhã.
“Haddad já mencionou mais de uma vez sua preocupação sobre essa temática e trouxe o que entendemos ser uma das possíveis propostas, que diz respeito à tributação sobre grandes heranças”, afirmou o secretário.
Mello ressaltou que há uma crescente movimentação de riqueza pelos super-ricos em todo o mundo, visando evitar não apenas a tributação sobre o patrimônio acumulado, mas também sobre sua transmissão para futuras gerações. Ele destacou as medidas recentes adotadas no Brasil para combater essa prática, como a tributação de fundos fechados e offshore.
Além disso, Mello enfatizou a importância de um debate aprofundado entre especialistas, visando construir um consenso sobre a necessidade de iniciar uma agenda para um sistema de tributação internacional.
No mesmo contexto, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, defendeu uma taxação global mínima sobre a riqueza durante o G20. Ele destacou a importância de garantir que os bilionários contribuam de forma justa em impostos.
Fonte: G1
