Mato Grosso, mesmo ostentando o segundo maior Produto Interno Bruto (PIB) per capita da região, enfrenta desafios persistentes no que diz respeito à renda familiar. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes a 2023, o estado ocupa a nona posição em termos de rendimento domiciliar médio mensal por pessoa, com uma média de R$ 1.991.
Esses números, coletados através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), evidenciam uma realidade de desigualdade econômica em Mato Grosso. Embora se destaque pelo PIB per capita anual de R$ 65.426,10 por habitante, ficando atrás apenas do Distrito Federal, a distribuição de renda ainda é um desafio significativo.
De acordo com o economista e professor da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), Maurício Munhoz, essa disparidade se deve ao modelo concentrador de produção de riquezas do estado, predominantemente baseado no agronegócio. Munhoz ressalta que a maioria da população não está envolvida na propriedade ou produção agrícola, o que resulta em uma distribuição desigual de renda.
Para o economista, uma solução viável seria a industrialização do estado, uma vez que o setor industrial tende a oferecer salários mais elevados. Embora Mato Grosso já tenha iniciado esse processo com a implantação de indústrias de etanol, frigoríficos e outras, é necessário expandir esse modelo econômico para alcançar uma distribuição mais equitativa de renda.
Portanto, a diversificação econômica e a expansão do setor industrial poderiam ser medidas cruciais para melhorar o rendimento das famílias mato-grossenses e reduzir as disparidades econômicas no estado.
Fonte: MidiaNews