O Ministério Público Estadual (MPE) revelou que a gestão do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), pode ter causado prejuízos aos cofres públicos no valor aproximado de R$ 220 milhões em diversos esquemas na área da saúde. A informação consta em uma determinação do desembargador Luiz Ferreira da Silva, da Turma das Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, que ordenou o afastamento do prefeito por seis meses.
O Núcleo de Ações de Competências Originárias (Naco), setor do MPE responsável por investigar autoridades com foro especial, como prefeitos, identificou 15 investigações contra a administração de Emanuel. Segundo o Naco, essas investigações apontam para a existência de uma organização criminosa que atuava sistematicamente dentro do Poder Executivo Municipal, visando desviar recursos públicos em benefício próprio.
Entre as operações citadas pelo MPE, algumas já resultaram em prejuízos estimados:
- Operação Sangria: R$ 2 milhões
- Operação Curare: R$ 100 milhões
- Operação Capistrum: R$ 16,5 milhões
- Operação Palcoscenico: R$ 730,9 mil
- Operação Hypnos I: R$ 3,2 milhões
- Operação Smartdog: R$ 5,1 milhões
- Operação Overpay: R$ 25,9 milhões
- Caso Log Lab: R$ 800 mil
- Caso Family: R$ 5,1 milhões
- Caso Norge Pharma: R$ 9,7 milhões
- Operação Iterum: R$ 52 milhões
Além do prefeito Emanuel, outros três integrantes de sua equipe foram alvos da decisão de afastamento. O Naco aponta Emanuel como líder da organização criminosa, enquanto Gilmar de Souza Cardoso atuaria como articulador operacional e Célio Rodrigues e Milton Correa como articuladores empresariais.
Essa decisão foi tomada após uma investigação policial que identificou conexões entre os esquemas investigados, incluindo operações conduzidas pela Polícia Federal. A permanência de Emanuel Pinheiro no cargo foi considerada uma ameaça à eficácia das investigações e à ordem pública, de acordo com a decisão do desembargador.
Fonte: MidiaNews