Em uma entrevista realizada nesta quarta-feira (6), o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Eduardo Botelho (União), respondeu às declarações do prefeito afastado Emanuel Pinheiro (MDB) sobre a atuação da ALMT no contexto do afastamento de delegados. Botelho rejeitou a afirmação de Emanuel de que a AL “se acovardou” diante da situação.
O diálogo entre Emanuel e o escrivão Rodrigo Oliveira Mendes de Melo, registrado no relatório técnico da Polícia Civil sobre as operações na Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, foi mencionado por Botelho. No diálogo, Rodrigo expressou seu apoio ao prefeito em relação às operações policiais.
Botelho enfatizou que os afastamentos de delegados eram uma prerrogativa do Governo e não competia à Assembleia intervir nesses casos. Ele esclareceu: “A Assembleia não se acovardou, era um inquérito específico, a Assembleia não tinha o que fazer naquilo e o inquérito era bem claro, afastou porque eles tinham essa prerrogativa, a Secretaria de Segurança tem essa prerrogativa de mudar os delegados, de fazer realocação, então isso não tem nada a ver com a Assembleia”.
Quanto ao afastamento de Emanuel, Botelho expressou esperança de que a gestão com José Roberto Stopa (PV) na capital possa melhorar a relação com o Governo do Estado. Ele destacou a importância de uma comunicação eficaz entre o Governo e a administração municipal para beneficiar a população.
Sobre a relação com o Legislativo estadual, Botelho sugeriu que depende da iniciativa do prefeito interino em estabelecer uma boa interação com a Assembleia. Ele afirmou: “Cabe ao prefeito procurar a Assembleia, procurar os deputados, solicitar, levar proposta para utilizar as emendas parlamentares, ele vai ter que fazer isso, o prefeito em exercício, mas eu creio que, sem dúvida nenhuma, [a mudança] cria um ambiente melhor tanto para o Governo do Estado investir, quanto para os deputados destinarem suas emendas”.
Fonte: MidiaNews