O Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso decidiu sobre o recurso de apelação de um dos envolvidos na “Chacina de Taquaruçu do Norte”, crime que abalou a região em abril de 2017. Ronaldo Dalmoneck, condenado a 200 anos de reclusão, teve sua sentença confirmada em julgamento recente.
Dalmoneck foi considerado culpado por homicídio qualificado, integrar grupo de extermínio e outros delitos, totalizando nove vítimas no trágico episódio. Após recorrer da decisão, a pena de 200 anos foi mantida em trânsito julgado, não permitindo mais recursos.
O caso, que resultou na morte de nove trabalhadores, teve uma investigação complexa conduzida pela Polícia Civil do Estado. O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou o réu, sendo o primeiro a ser julgado pelo tribunal do júri em maio de 2023.
Além de Dalmoneck, outros oito envolvidos foram denunciados à Justiça. A chacina teve desdobramentos ao longo do tempo, com novas denúncias em 2021 contra mandantes e executores.
A investigação inicial, realizada por uma força-tarefa coordenada pelos delegados Edison Pick e Henrique Espíndola, identificou quatro executores e um mandante. No entanto, novas informações levaram a uma segunda fase, revelando outros envolvidos.
A denúncia do MPE destaca que o crime foi motivado pela aquisição de uma propriedade rural e pela necessidade de “limpeza da área”. O advogado e empresário M.T.S.D., o agricultor A.A.S. e C.P. formaram um grupo de extermínio para efetuar essa expulsão, resultando na chacina em abril de 2017.
O desfecho do caso reforça a importância do trabalho investigativo da Polícia Civil, do Ministério Público e do Poder Judiciário na busca por justiça em situações tão impactantes e trágicas como a Chacina de Taquaruçu do Norte.
Fonte: MidiaNews
