União Brasil Decide Afastar Bivar da Presidência em Meio a Conflito Político

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O partido União Brasil anunciou em reunião nesta quarta-feira (20) o afastamento do deputado Luciano Bivar (PE) da presidência da legenda. Embora o mandato de Bivar estivesse previsto para continuar até o final de maio, a decisão de antecipar sua saída foi tomada devido ao acirrado conflito político com Antonio Rueda, que venceu a eleição para sucedê-lo na presidência. Rueda ganhou a eleição mesmo competindo contra Bivar.

Na semana anterior, duas residências de veraneio da família de Rueda foram alvo de incêndios criminosos no litoral de Pernambuco. Em meio ao embate político, adversários acusaram Bivar de envolvimento, alegação que ele negou veementemente.

O União Brasil é uma das maiores agremiações do Congresso Nacional, contando com a terceira maior bancada na Câmara dos Deputados, composta por 59 parlamentares. Devido ao seu porte, o partido detém uma parcela significativa dos recursos do Fundo Partidário, o que torna a liderança da legenda objeto de desejo de muitos políticos, especialmente em ano eleitoral. Além disso, possui 7 senadores e 3 ministros no governo.

A sigla foi formada em 2022 a partir da fusão entre o antigo DEM (anteriormente conhecido como PFL) e o antigo PSL, partido pelo qual o ex-presidente Jair Bolsonaro foi eleito em 2018, ano em que o partido também obteve uma expressiva bancada na Câmara. Naquela época, Bivar ocupava a presidência do PSL. Contudo, Bolsonaro desentendeu-se com a legenda e migrou para o PL, levando consigo parte de seus aliados.

Apesar das dissidências, o partido resultante da fusão entre PSL e DEM consolidou-se como uma das principais forças políticas de centro-direita no país.

A crise no União Brasil teve origem na disputa pela presidência da legenda entre Bivar e Antonio Rueda, eleito recentemente como presidente. A contenda se intensificou após os incêndios nas propriedades de Rueda, resultando no protocolo de uma representação contra Bivar, assinada por governadores e parlamentares da Câmara e do Senado. Dentre as acusações, destacam-se ameaças de morte contra o vice-presidente Rueda e seus familiares, além de indícios de motivação política nos incêndios que atingiram as casas de Rueda e da tesoureira do partido, Maria Emília Rueda, sua irmã.

Fonte: G1

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